O Orçamento de 2025, aprovado pelo Congresso Nacional na quinta-feira (20), destina R$ 50,4 bilhões para emendas parlamentares. Esse valor é superior ao orçamento de 32 dos 38 ministérios do governo federal, segundo o jornal O Globo.

Entre todas as pastas, apenas Previdência (responsável pelo INSS), Desenvolvimento e Assistência Social (Bolsa Família), Saúde, Educação, Defesa e Trabalho têm orçamentos maiores do que o montante reservado para emendas.

Com isso, os gastos com os parlamentares superam o orçamento total de ministérios como Transportes (R$ 29 bilhões) e Justiça (R$ 22 bilhões).

O relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA), apresentado na quarta-feira (19), confirmou a destinação de R$ 11,5 bilhões para as chamadas emendas de comissão, que estão sob questionamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por falta de transparência.

No início da semana, o ministro Flávio Dino deu dez dias para que a Câmara, o Senado e a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestem sobre as novas regras para emendas, aprovadas na semana passada, que permitem ocultar a identificação dos autores de emendas coletivas. 

O impasse sobre o pagamento desses recursos atrasou a votação do Orçamento. A proposta aprovada, no entanto, seguiu para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).