A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Carla Zambelli de descumprir cinco determinações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no caso que investiga a publicação de conteúdo golpista e de fake news nas redes sociais da parlamentar.
O suposto descumprimento foi mencionado na manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A bolsonarista teve suas redes bloqueadas em novembro de 2022 e alega estar cumprido a determinação do TSE e disse que as publicações após o bloqueio foram feitas por perfis falsos e que desconhece os autores das páginas.
A Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), ligada ao TSE, acusou a Zambelli de “replicação e divulgação de notícias falsas referentes ao sistema eleitoral brasileiro, com pedidos de intervenção militar nos Poderes Constituídos”.
“Em decisão de 2.11.2022, o Juiz Auxiliar da Presidência do TSE determinou às plataformas Twitter, Instagram, Telegram e YouTube a imediata remoção dos perfis indicados, além da notificação de Carla Zambelli para que se abstivesse, até a data da diplomação, de criar novos perfis”, diz Gonet. Zambelli foi reeleita deputada em outubro daquele ano.
No dia seguinte a notificação, a AEED emitiu mais um comunicado em que relatava a criação de novas contas por Zambelli. O fato se repetiu nos dias 18 de novembro e 3 de dezembro de 2022 e no dia 4 de janeiro de 2023.