Em meio à polêmica da Operação El Patrón, da Polícia Federal (PF), que aponta o deputado estadual Binho Galinha (Patriota) como líder de uma milícia em Feira de Santana, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) ainda aguarda para saber o que fazer. Neste momento, a Casa não possui sequer uma comissão de ética instalada para avaliar esse ou qualquer outro caso.Desde que o deputado Marquinho Viana (PV) deixou a presidência da Comissão de Ética para assumir uma das vice-presidências da Alba, o conselho foi desmontado e não passou por uma nova formação na atual legislatura, iniciada em fevereiro de 2023.Questionados sobre o que eles acreditam que deve ocorrer com o mandato de Binho Galinha, os parlamentares da Alba apontam para a incerteza. Os deputados preferem aguardar os próximos capítulos das investigações antes de tomar uma decisão sobre o caso.
TENDÊNCIA
A tendência é que, caso as investigações contra Binho Galinha não avancem, nenhum processo seja aberto contra o parlamentar. Entretanto, caso o deputado seja preso em uma nova operação da PF, os colegas enxergam como inevitável a abertura de uma diligência para a cassação.
“É uma coisa nova. Nunca aconteceu numa proporção dessas. Como é inédito, a gente não tem uma jurisprudência. De um lado, há um corporativismo. Mas, por outro lado, há um instinto de sobrevivência. Quando um dedo necrosa, você tira ele, para que ele não se espalhe para a mão. Mas vamos ver. É uma novidade”, disse o deputado ao portal A TARDE, sob condição de anonimato.
Nesse sentido, havendo necessidade de abertura de processo, o presidente da Casa, Adolfo Menezes (PSD), deverá convocar as lideranças de bancada, para que eles formem a composição da nova Comissão de Ética. Procura por A TARDE, Adolfo disse que ainda não se manifestaria sobre o caso.