Por Mateus Soares
O Partido dos Trabalhadores reagiu após o PSOL deixar a base aliada e o Conselho Político do governador Jerônimo Rodrigues (PT). O secretário de Relações Institucionais da Bahia, Luiz Caetano (PT), minimizou o caso. "Não há novidade sobre o PSOL. O partido é muito plural e sempre esteve dividido em relação à participação no governo. Apesar disso, fazendo parte ou não formalmente do governo, esperamos manter o bom diálogo", declarou à Tribuna.
Já o deputado estadual Robinson Almeida, indicado pelo PT para ser pré-candidato a prefeito de Salvador em 2024, defendeu uma convivência respeitosa com o PSOL. "Após essa decisão tomada no Congresso, nós vamos ter uma convivência muito respeitosa. Onde houver convergência de ideias, o PT e o PSOL conviverão", declarou o parlamentar.
"O PSOL tem sido um parceiro na luta pelos direitos sociais, sobretudo quando caminhou conosco na campanha do presidente Lula, compondo o Governo Federal. O PT alianças consolidadas com o PSOL em outras capitais, a exemplo de São Paulo, com Guilherme Boulos. Aqui na Bahia o PSOL também marchou junto com o PT no segundo turno, no apoio à candidatura de Jerônimo", lembrou.
Uma resolução do PSOL da Bahia, aprovado no Congresso Estadual realizado no fim de semana, no Hotel Real Classic, na Pituba, confirmou que a legenda vai ter candidatura própria para disputar a Prefeitura de Salvador em 2024.
O partido abriu mão nacionalmente da candidatura à presidência em 2022, optando pelo apoio desde o primeiro turno a Lula, e saiu do pleito com a maior representação no Congresso Federal da sua história, com uma bancada diversa e que representa o avanço das lutas sociais do país.
Os 00objetivos estabelecidos na resolução para os próximos anos incluem a ampliação da bancada do PSOL no estado, apresentação de candidaturas ao Executivo nas principais prefeituras e a saída de qualquer instância do governo estadual. A decisão sinaliza a saída do partido do Conselho Político e da base do governo Jerônimo, uma vez que os principais pontos apresentados durante a campanha não foram atendidos neste primeiro ano de gestão.
"O PSOL crê que a decisão de apoio a Jerônimo Rodrigues no segundo turno foi importante para evitar que vencesse um representante da direita, o que significaria o retorno do carlismo. Entretanto, o partido mantém fortes críticas ao governo do PT, que nos últimos 17 anos intensificou uma política de segurança pública que penaliza e mata a população negra baiana", informou a sigla, em nota.