Braço direito do Governo da Bahia, o senador Otto Alencar (PSD) explicou os motivos pelos quais não conseguiu ficar com a relatoria da reforma tributária no Senado, onde a proposta fiscal foi enviada, após aprovação pela Câmara dos Deputados com destaques que podem prejudicar a instalação da fábrica da BYD no estado, com a retirada de incentivos fiscais à empresas até 2032.
Em conversa exclusiva com o Portal A TARDE, Otto, que acabou ficando com a relatoria da proposta do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), afirmou que o fato de não ter conseguido ficar com a relatoria da proposta tributária não teve relação com o voto contrário do deputado Otto Filho, que foi o único da bancada baiana da Câmara que votou contra os incentivos até 2032.
“De forma nenhuma. Eu não fiquei com a relatoria porque o PSD já tinha indicado o senador Omar Aziz para ser relator do Arcabouço Fiscal, que é outra matéria importante. O PSD indicou…colocar meu nome seria…tinha que ter o revezamento no Senado. O segundo maior partido da base é o MDB, que indicou o senador Eduardo Braga. Eu fiquei com o Carf, mas não teve nada de retaliação. Na Câmara tem 53 deputados, 307 votaram pela manutenção dos incentivos, 204 votaram contra. Não foi só o Otto, foram 204. A bancada do Sul toda votou contra. O que houve foi que o teto dos incentivos até 2032 eles discordaram. Houve esse entendimento. Ele vai ter a oportunidade de votar de novo a favor quando o texto voltar para a Câmara”, disse o senador. LEIA MAIS