Como tradicionalmente acontece, integrantes do Ministério Público Federal (MPF) também preparam uma lista tríplice para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O chefe do Executivo Federal, contudo, não é obrigado a escolher os nomes escolhidos.
No início da semana, Wagner inclusive reforçou que que "não tem lista para a PGR, a decisão é do presidente Lula". Ele também teceu um rosário de elogios ao jurista, avaliando que ele atravessou "um período complicado e duro do ativismo judicial para caçar pessoas e reputações".
"É inegável a contribuição que ele deu. Não reconhecer isso é trabalhar 'oposição por ser oposição'. Reconheço que prestou serviço importante", destacou o petista.
Rui Costa também sempre manteve uma boa relação com a família Aras. Em 2019, enquanto ainda era governador, nomeou José Aras, primo do PGR, para a vaga de desembargador do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Naquela ocasião, ele foi o segundo mais votado na lista tríplice, formada pela Corte. Em 2022, ele também concedeu a medalha policial do mérito policial civil "Cruz da Ordem" para Aras.
Aras, que foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, também tem alinhado o discurso para se aproximar do PT. No último dia 9, por exemplo, criticou nas redes sociais a Operação Lava JATO.
"Resta saber se todos eles terão a disposição que o procurador-geral demonstrou nesses 4 anos, para enfrentar e desestruturar as bases do lavajatismo enquanto recebia ao revés uma chuva de projéteis traçantes iluminados por um jornalismo alimentado pelo denuncismo atroz e acrítico", escreveu.