Por Mateus Soares
O vice-governador Geraldo Júnior (MDB) lançou, ontem, dois nomes que, na opinião dele, poderiam disputar a Prefeitura de Salvador em 2024 pelo grupo liderado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT): o da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o da ex-primeira-dama Fátima Mendonça, esposa do senador Jaques Wagner (PT).
Para o emedebista, que nunca escondeu o desejo de ser prefeito da capital, Margareth tem feito uma “revolução na cultura” e um “belíssimo trabalho”. “É uma mulher negra, determinada e representa bem o nosso povo”, frisou.
Já sobre Fátima Mendonça, Geraldo Júnior repetiu os elogios: “É um grande nome que honrou a história da Bahia, tem simbolismo com a nossa cultura, e o povo teria vez e voz”.
Ele, inclusive, se colocou à disposição para coordenar a campanha dela. “Se fosse o desejo do grupo”, emendou Geraldo.
Na ocasião, o vice-governador ignorou o presidente da Conder, José Trindade (PSB), e lembrou outros nomes citados como possíveis candidatos, a exemplo da deputada estadual Olivia Santana (PCdoB), da deputada federal Lídice da Mata (PSB), do vereador Sílvio Humberto (PSB) e da vereadora licenciada e presidente da Funarte, Maria Marighella (PT).
No entanto, Geraldo Júnior defendeu que a sociedade discuta o perfil do candidato que os soteropolitanos desejam. “Vamos avaliar o prefeito ou prefeita que o cidadão quer. Quer um político tradicional, progressista, que veja as diferenças sociais e as adversidades? Quer um negro, professor, professora?”, questionou.
Por fim, ele ressaltou que não se coloca como pré-candidato a prefeito, embora tenha vontade. “Não posso ser candidato de mim mesmo. Tem que ter o movimento e a vontade do grupo político ao qual pertenço e a designação do governador Jerônimo”, completou.
A fala do vice-governador foi feita durante o lançamento do Bahia + Verde, ao lado do governador Jerônimo. O programa promete inserir o estado baiano na economia global através da sustentabilidade e prevê o uso inteligente dos recursos naturais, com a preservação e a recuperação do patrimônio natural.
O Bahia + Verde deverá impactar 15 milhões de baianos e adotará novos modelos de gestão e governança participativa, com avanços das políticas públicas ambientais. Entre as ações previstas, estão a elaboração de Planos Regionais de Proteção de Espécies Ameaçadas de Extinção, regeneração dos estoques de carbono, proteção de mananciais e desenvolvimento de plataforma de Monitoramento Integrado com uso de Inteligência Artificial.
Além de Jerônimo e Geraldo Júnior, o evento de lançamento reuniu representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança de Clima, das embaixadas da Itália, Alemanha, Emirados Árabes Unidos e França, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), além de outras autoridades.