Por Mateus Soares
Presidente estadual do PDT, o deputado federal Félix Mendonça Júnior negou, ontem, em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, as especulações sobre uma possível aliança com o governador Jerônimo Rodrigues (PT). Nos últimos dias, surgiram rumores sobre uma aproximação entre o PDT e o governo petista, devido às negociações que o governador iniciou com o PSDB.
O PSDB tem sido um aliado da oposição às gestões petistas na Bahia nos últimos anos e, há três décadas, tem se posicionado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No entanto, o diálogo entre o PDT e o governo não seria surpreendente, uma vez que o partido já fez parte do governo federal durante os mandatos do PT e, mais recentemente, na Bahia, esteve na base do governo estadual liderado por petistas.
O deputado deixou claro que, no momento, não há nenhuma conversa nesse sentido com a base do governador da Bahia, e o partido que ele lidera no estado continua sendo oposição. "Não tem nada disso. Nós sabemos que somos oposição, fomos oposição. Temos consciência plena disso", garantiu Félix Mendonça Júnior.
Durante a conversa, o parlamentar baiano contou ainda que deseja que o governo de Jerônimo dê certo, mas reforçou que não há qualquer aliança engatilhada.
Indagado sobre as eleições municipais do próximo ano, mais especificamente em Salvador, Félix disse que a vice-prefeita Ana Paula Matos, do PDT, é o nome da sigla para a permanência no cargo.
Segundo ele, essa é uma questão já definida também pelo deputado federal Leo Prates (PDT), que manifestou à imprensa o desejo em suceder o atual prefeito Bruno Reis (União Brasil) na gestão soteropolitana.
"O próprio Leo Prates disse, em uma reunião comigo e com Carlos Lupi, presidente do partido, que apoia Ana Paula para a vice em 2024", revelou Félix. E completou: "Em 2028, eu mesmo apoio ele".
Recentemente, vale destacar, Prates sinalizou que o mandato de Bruno Reis e Ana Paula Matos é de quatro anos, e o foco das discussões é debater a melhor estrutura da chapa.
"Queria enaltecer Ana Paula Matos, um grande quadro do PDT. Não acredito que exista intenção de chutá-la da cadeira. Ela é uma mulher muito respeitada. Chegou por indicação do nosso partido, pelo aceite das forças políticas do entorno de Bruno Reis", disse Prates, no mês passado.
"Agora, é preciso compreender que o mandato é de quatro anos. Há um desejo legítimo do Republicanos de indicar a vice. Eu defendo que o prefeito tenha a liberdade para escolher o vice para ganhar as eleições. Torço e trabalharei para ele ganhar as eleições", completou Prates, à época.