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Política

Jaques Wagner analisa impacto político dos atos golpistas promovidos por bolsonaristas em Brasília

Senador conversou com o BNews na saída do plenário do Senado nesta terça-feira (10)

Publicada em 10/01/23 às 17:31h - 278 visualizações

Fonte: bnews.com.br ★Sob a supervisão do Jornalista Jair Cezarinho WWW.ENCONTROJA.COM.BR


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Jaques Wagner analisa impacto político dos atos golpistas promovidos por bolsonaristas em Brasília
 (Foto: Reprodução)
Líder do governo Lula no Senado Federal, o senador Jaques Wagner (PT) analisou o impacto político gerado após os atos golpistas promovidos por bolsonaristas em Brasília, com a depredação da praça dos três poderes. 

Para o senador, que optou por não apontar culpa direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas reconheceu que o liberal "alimentou ódio" durante os quatro anos de seu mandato à frente do governo.  

"Eu prefiro não trabalhar as questões do domingo como uma questão em relação ao ex-presidente, porque eu não quero ser leviano e dizer que foi ele que promoveu, mas também não sou ingênuo e reconhecer toda a postura dele ao longo dos quatro anos, que inoculou o vírus do ódio na cabeça de muita gente, o vírus do fanatismo. Mas eu não tenho elementos para dizer que ele estava nesse processo. Ele estava subliminarmente, na medida que ele estava alimentando um vírus de intolerância", afirmou Wagner ao BNews. 

Wagner também comentou sobre o encontro do presidente Lula com os governadores dos estados brasileiros em Brasília em caminhada até o Supremo Tribunal Federal (STF). 

"Agora os atos de ontem mostram que a amplíssima maioria da população, porque aqui estavam governadores de diversos partidos, mostra que ninguém concorda com agressão, depredação, com os gestos que foram feitos. É uma vergonha o que foi feito na sede dos três poderes", disse o senador. 

Questionado se o encontro com os governadores de diferentes partidos poderia refletir uma unidade ao governo Lula no Congresso, Wagner se esquivou e defendeu que o encontro serviu para a "aproximação dos democratas em defesa da democracia". 

"Acho que é uma unidade sistêmica em torno da democracia. Então, se 8 de janeiro vândalos, que para mim não são manifestantes, porque são manifestantes sem causa, a proposta deles é não respeitar o resultado de uma eleição. Isso para mim não é manifestante é, definitivamente, uma tentativa de quebrar a democracia brasileira. A reunião de ontem demonstrou uma vontade muito forte de todos os segmentos da sociedade, independente de qual partido político, de defender a democracia. E por isso eu acho que ela acabou produzindo, em reação ao vandalismo, um processo de aproximação dos democratas em defesa da democracia", afirmou.

*A repórter Daniela Pereira viajou a Brasília para acompanhar os desdobramentos do ataques contra os prédios dos Três Poderes



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