O pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), utilizou as redes sociais, na manhã desta terça-feira (1º), para afirmar que a morte do congolês, Möise Kabamgabe, traz todos os “ingredientes do coquetel amargo que está sendo servido nos tempos finais” do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Sentimento de revolta e muita dor pela morte de Moïse Kabamgabe, congolês que veio para o Brasil em busca de uma vida melhor. Um trabalhador que foi assassinado de forma brutal no Rio de Janeiro por cobrar seu salário atrasado. Essa tragédia traz todos os ingredientes do coquetel amargo que está sendo servido nestes tempos finais de Bolsonaro. Milicianos, destruição das pessoas e profunda falta de empatia. Mas há remédio para isso: justiça e punição exemplar para os autores diretos e a força do voto para punir mudar seus mandantes. Quando o exemplo criminosamente vem do alto a barbárie se instala na base”, escreveu o pedetista em sua conta oficial do Twitter.
O jovem Möise Mugenyi Kabagambe foi morto na última segunda-feira (24), no Quiose Tropicália, no posto 8 da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde trabalhava como atendente.
De acordo com familiares da vítima, Möise foi espancado por mais de 15 minutos — com golpes de mata leão, socos, chutes, madeirada e chegou a ter as mãos e pés amarrados por um pedaço de fio — antes ser morto.
A motivação do crime seria a cobrança de dois dias de salário atrasado. Ao menos cinco pessoas — entre elas o gerente do quiosque — teriam participado da sessão de espancamento.
“Precisamos encerrar esse ódio que está matando nosso país. Minha solidariedade à família e amigos de Moïse”, finalizou Ciro.