O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, nesta quinta-feira (22/7), que haverá eleições em 2022 mesmo que o projeto de voto impresso não seja aprovado. O general completou dizendo que o país não é uma "república de banana" e questionou quem iria "proibir eleição".
“Isso é um absurdo, pô. Vocês acham o quê? Nós não estamos no século XX (vinte), nós estamos no século vinte e um, gente, vamos entender isso aí. Mesmo que não faça o voto impresso para essa eleição. É lógico que vai ter eleição, quem é que vai proibir eleição no Brasil, pô? Por favor, gente, nós não somos República de banana”, disse o vice-presidente ao chegar ao Palácio do Planalto.
De acordo com o jornal O Estado de São Paulo (Estadão), desta quinta-feira (22/7) o ministro da Defesa, Braga Netto, teria dito - por meio de um interlocutor - ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que se o voto impresso não fosse aprovado, não haveria o pleito do ano que vem. Em nota, o militar negou que se comunique por meio de terceiros.
O voto impresso é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o mandatário, o voto eletrônico é suscetível a erros e afirma que houve fraude nas eleições de 2014 quando Dilma concorria à presidência contra Aécio Neves. No entanto, até o momento, o presidente não apresentou provas que confirmem suas acusações. No último dia 8, Bolsonaro voltou a falar sobre a possibilidade de fraude nas eleições do próximo ano e chegou a colocar em dúvida, mais uma vez, a realização do pleito. Na ocasião, o mandatário afirmou que caso o voto impresso não seja adotado em 2022, não haverá eleições.
