A comunicação, dizem nos meios acadêmicos, têm modelos definidos. Os clássicos são um para um que evoluiu da fala pessoal para o pombo correio, o telefone e o celular, um para todos, que começou lá com alguém falando ao coletivo num palanque de pedra, evoluiu para os sinais de fumaça que os índios soltavam, chegou ao impresso, jornais e livros, o primeiro, o rádio e a TV.
O modelo dos novos tempos, com a internet, que produziu a chamada sociedade em rede, ou o modelo todos para todos, que agrega todos os outros, atinge em cheio a todos, mais a mídia com suporte de papel. A Associação Bahiana de Imprensa (ABI) festejou ontem seus 90 anos, o rejuvenescido Museu da Imprensa da Bahia, uma joia sobre a era do papel.
Bom trato
Walter Pinheiro, presidente da ABI, diz que não só a imprensa baiana ganha um memorial à altura de sua importância, como o Centro Histórico de Salvador ganhou também um novo atrativo. A sede da ABI, onde está o Museu, é no Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé.
O arquiteto Augusto Ávila comandou a reestruturação que tem a área de exposição no térreo e se completa com um laboratório de restauro. Já a exposição tem a curadoria do jornalista e pesquisador Nelson Varón Cadena, autor do livro ‘Cronologia da Associação Bahiana de Imprensa 1930-1980’. E o visual com Enéas Guerra e Valéria Pergentino, da Solisluna.
Ironia: a imprensa escrita, duramente atingida na pandemia, renasce nela.
Por Levi Vasconcelos/Bahia.Ba