Desde a legalização das apostas esportivas em 2018, pelo governo de Michel Temer, o número de empresas de jogos, conhecidas como bets, explodiu no Brasil. Calcula-se que atualmente, pelo menos, 2 mil empresas estejam atuando no mercado interno. No ranking das dez maiores, feito pela plataforma SEMRush com base nos acessos dos últimos 12 meses, Bet 365, Betano e Betfair aparecem como as líderes no País.
Só no ano passado, mais de 300 empresas de bets movimentaram entre R$ 60 bilhões e R$ 100 bilhões em apostas no Brasil, quase 1% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo projeções da Strategy& Brasil, consultoria estratégica da PwC. Hoje o Brasil já é o terceiro maior mercado de apostas online do mundo. E não deve parar por aí: para o ano que vem, a consultoria projeta que o faturamento com o jogo online alcance R$ 130 bilhões no País.
Conheça as maiores bets no Brasil
Bet365
Betano
Betfair
SportingBet
KTO
Blaze
F12.bet
Brazino 777, Novibet e 1x001
A maioria das empresas que atuam no Brasil tem sede no exterior, como Reino Unido, Grécia e Gibraltar. Normalmente, a operação brasileira tem sido tocada por algum sócio nacional ou executivos contratados. Em seus sites, elas oferecem tanto apostas esportivas, como o resultado de uma partida de futebol, quanto jogos de cassino online, incluindo os mais famosos como o jogo do tigrinho e aviãozinho.
Como no resto do mundo, as bets têm sido onipresentes no marketing esportivo, patrocinando times de futebol e campeonatos. A Betano, por exemplo, é patrocinadora do Brasileirão 2024 e do Atlético Mineiro, além de vários outros times na América Latina.
Mas a expectativa é de que a regulamentação feita recentemente pelo governo consiga colocar um limite no avanço desenfreado do número de bets no País. A partir de 2025, as empresas precisarão pagar uma licença para operar negócios de apostas e jogos online no País. O valor é de R$ 30 milhões e permite a exploração do mercado por cinco anos, com até três marcas diferentes por empresa.
A medida faz parte de uma legislação abrangente, inspirada em modelos internacionais, que visa tornar o setor regulado de forma que continue a existir, gere empregos no País e capte recursos para o governo. A multa de empresas ilegais pode chegar a R$ 2 bilhões.