As apressadas chegaram mais cedo do que o normal, enfeitando nossas águas já desde maio, porém, será nesta segunda-feira (15), que se inicia oficialmente a temporada de observação de baleias jubarte em Salvador. Realizado pelo Projeto Baleia Jubarte, a temporada traz consigo uma movimentação turística que tem crescido bastante.

 

A programação deste ano conta com a exposição Salvador das Baleias, no Forte de Santa Maria, na Barra. Com apoio da prefeitura e do Museu Náutico, serão disponibilizados binóculos para a observação, assim como a parceria de organizações especializadas no turismo de observação de baleias no mar, como as empresas Shark Dive e a Apolônio Turismo Náutico, que realizam passeios fora da Baía de Todos-os-Santos, entre a Barra e a Pituba.

 

"Em Salvador, realizamos o monitoramento por terra no Museu Náutico da Bahia, e oferecemos binóculos para os turistas que chegam lá no Farol para eles verem as baleias com a gente. Viramos uma atração a mais, muita gente chega e pergunta "É daqui que dá para ver as baleias?", relata Gustavo Rodamilans, coordenador do Projeto Baleia Jubarte.

 

A ação ajuda a apagar o estigma de algumas pessoas em relação às baleias, e é feita de forma que não prejudica nem as pessoas nem os animais. No início do projeto, a principal preocupação era a conservação da espécie, e, com isso houve um aumento notório na população de jubartes desde que o projeto foi concretizado.

 

“No final da década de 1980, estimava-se mil [baleias-jubarte] na costa brasileira, hoje a nossa estimativa é de 30 mil, através do medidor do Projeto Baleia Jubarte. Trabalhamos para isso, e que as pessoas vejam isso com naturalidade, de apreciar esses animais e não se espantar ou achar perigoso, muito pelo contrário. O turismo de observação de baleias atrai cada vez mais gente, e é um turismo sustentável, seguro.”, explica Rodamilans.

 

A temporada começa em julho, e se estende até o final de outubro, com algumas das baleias mais atrasadas visitando Salvador ainda em novembro. Para quem está navegando, a orientação é que as regras de observação sejam respeitadas, entre elas a distância mínima permitida de 100 metros por segurança tanto do animal como de quem está embarcado.