Este livro de que fala a pedagoga, professora, pesquisadora e escritora Tereza Cristina Cerqueira da Graça, Malinos, Zuadentos, Andejos e Sibites: o Aribé nos anos 70 e 80, é grande no título, no tamanho físico e, sobretudo, no propósito.
E assim, grande, ele está aí como mais um contributo ao memorialismo sergipano, à civilização sergipana e aribéziana. Com um pouco mais de 500 páginas, foi lançado na penúltima sexta-feira, 19 de novembro.
“Desde o início queria falar de gente, de pessoas e de lugares onde transitavam essas pessoas. Eu fiz um livro para minha gente e meu lugar. Mas penso que o “canto da minha aldeia” deve ecoar por toda a cidade, pelo Estado, pelo país, pelo mundo”, revela a autora, sem restrições e bairrismos.
“Malinos, Zuadentos, Andejos e Sibites: o Aribé nos anos 70 e 80” exigiu de Tereza Cristina Cerqueira da Graça quatro anos entre a pesquisa, a escrita e o apronte final para o lançamento.
“É bom esclarecer que não me contentei com o conteúdo das entrevistas. A memória trai, confunde, embaralha. Fui checar informações em documentos e jornais locais - foram mais de quatro décadas de jornais diários pesquisados -, em notícias veiculadas na internet, textos acadêmicos e livros publicados”, diz.
Disso resultou aquele livro longo, muito fiel à alma do velho Aribé e dos seus tantas personagens das décadas de 1970 e 1980, mas nada maçante.
“De tão saborosa, a leitura pode nos fazer crer em um menor esforço da pesquisadora. Aí está a principal característica da escritora: a leveza como força da narrativa. Penso que o livro de Tereza Cristina não é volumoso somente por ter tantas boas histórias, de personagens reais, mas também por ser um livro para ser abraçado”, diz a pesquisa em literatura Roseneide Santana, que o resenhou aqui neste Portal três dias após o lançamento.
E “abraçada” foi como se sentiu a autora na noite de lançamento, que ela preferiu fazer no coração do bairro Aribé - hoje Siqueira Campos -, num jardim de infância pelo qual passou uma série dos seus personagens como estudantes.
“Para mim, isso foi o coroamento de um trabalho que envolveu muita gente. E as pessoas estavam ansiosas para tê-lo nas mãos. Estou muito feliz com a recepção que Malinos teve. Inclusive de pessoas que não vivenciaram ou conheceram aquele Aribé”, diz.
Leia mais