Pré-candidato à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ronaldo Nazário – ou Ronaldo Fenômeno – teceu duras críticas ao atual presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, seu possível adversário ao cargo nas próximas eleições, que devem acontecer entre março de 2025 e 2026.
O eterno ídolo da Seleção Brasileira deseja ocupar o cargo para estrutura do futebol nacional. Em entrevista ao ‘Mais Você’, da TV Globo, ele falou que a situação atual da seleção é responsabilidade da gestão. “A seleção está vivendo o processo do momento do futebol, da gestão, dos graves problemas de calendário, da identidade do torcedor, que segue distante. O entorno é conturbado. Existem problemas de logísticas nas seleções, que virou um escândalo. Os problemas afetam os atletas, que deveriam estar pensando em jogar. Potencial e talento, nós temos”, disse ele à Ana Maria Braga.
Ronaldo contou que tem mantido conversas com dirigentes de clubes e federações – sem citar quais, que veem com bons olhos sua candidatura. “Tem muito trabalho, mas vejo o potencial que a gente tem. Quero fazer um legado firme. Precisarei de muita ajuda e tem gente bacana querendo ajudar. Quero retribuir o que conquistei no futebol”, revelou o campeão mundial de 2002.
Sobre a entidade, Ronaldo afirmou que a CBF precisa se fazer mais presente nos estados e municípios. “Precisamos desenvolver mais o futebol nos estados e municípios do Brasil. A CBF tem que desenvolver o futebol. A CBF hoje é odiada. São caso de corrupção, de má gestão. São problemas ao longo dos anos, além de eleição sem transparência. Quero transformar a CBF.”
Nazário classificou como exemplo as gestões da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, do presidente do Botafogo, Jhon Texto, e de Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, e justificou o quanto o futebol brasileiro poderia ser bem aproveitado e mais atrativo fora do país. “Fazer futebol? Eu amo. Sou louco pela indústria do futebol. O futebol brasileiro representa 0.7% do PIB do Brasil e estamos atrasados. Nosso produto não é interessante para fora do Brasil”, declarou.
Ednaldo Rodrigues x Justiça
Não houve votação para eleição de Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente da CBF. Tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) se o afastamento dele do cargo, definido em 7 de dezembro de 2023 pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, é válido. Caso seja confirmado, uma nova eleição deve ser marcada. Caso contrário, Ednaldo cumprirá normalmente seu mandato até março de 2026.