O Fluminense de Feira escreveu uma triste página na sua história ao ser eliminado na 2ª divisão baiana, no último domingo (9): a equipe amarga agora quatro anos, longe da elite do futebol estadual, maior período na sua história em 82 anos de existência. Responsável pelo Departamento de Futebol do Touro do Sertão, o diretor Rodrigo Gois não se eximiu de vir a público se pronunciar a cerca da situação: ele não fugiu da responsabilidade e foi claro ao afirmar que o fracasso foi por culpa de todos os envolvidos no projeto.
Ex-jogador do Fluminense, Góis já vinha fazendo um trabalho de relevância à frente do futebol da Juazeirense e teve por parte dos dirigentes, a confiança para trabalhar em conjunto na montagem de toda a estrutura, incluindo elenco e comissão técnica para a 2 divisão. Os resultados não aconteceram e o clube escreveu uma página triste na sua história por agora estar amargando o maior período ausente da elite baiana: 4 anos. “É triste ver esta situação porque sabemos da importância do Fluminense e o prejuízo que representa esta permanência na Série B. Fizemos tudo, mas não dá para entrar em campo e jogar. Lá dentro, os jogadores são responsáveis pela tomada de decisão e caberia a eles serem eficientes porque as condições foram das para isso”, afirmou.
O dirigente reiterou que esta situação pode ter acontecido pelo fato de alguns não terem abraçado a causa. “Fui atleta aqui e sei a responsabilidade que é jogar no Fluminense. Por isso tivemos critérios rígidos para montar o time: os atletas que estavam aí eram unanimidade. Então, que faltou foi atitude, a tomada de decisão por parte de alguns atletas que não abraçaram o projeto da forma que deveria ser”, enfatizou. “Não faltou trabalho, faltou eficiência dentro de campo, competência para concretizar as chances criadas e isso foi claro”, comentou.
O dirigente fez um retrospecto da atuação do Fluminense nos jogos. “A goleada contra o Leônico na largada não me enganou porque na sequência perdemos para o Jequié em uma partida marcada por erros individuais; tivemos duas vitórias sofríveis contra Juazeiro e Colo-Colo e quatro empates, onde pelo menos em dois, o time poderia ter saído com um triunfo. Contratamos jogadores conhecidos da torcida, de experiencia, um grupo de qualidade, mas que não teve maturidade para encarar a pressão”, analisou. “Teve atleta que no jogo contra o Galícia empalideceu por conta da cobrança do torcedor, outros que no domingo depois da partida em Jacobina sequer retornaram a Feira para a gente fazer um encerramento. Esse clube está 2ª divisão, mas tem história e muitos precisam respeitá-la, inclusive quem já passou pelo clube como dirigente, não deu certo e agora fica atacando de construtor de obras prontas”, completou.
Rodrigo Góis pediu desculpas à torcida pelo fracasso. “Todos são culpados: tivemos culpa porque por mais critérios que tivéssemos para contratar atletas e montar a estrutura, o resultado não veio. A torcida está triste, temos que entender e respeitar, porém o projeto Fluminense de Feira tem que estar em pauta e capitaneado pelo presidente Zé Chico porque hoje é único que pode tocar o clube. Agora sozinho, ele não pode e a cidade precisa entender isso e buscar apoiar e não deixa-lo sozinho. Só com a união de todos, o Fluminense voltará à elite baiana”, afirmou.