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Esporte

Mais jogadores, escritório e lavagem de dinheiro: veja planos do grupo acusado de manipular jogos

Publicada em 14/05/23 às 06:15h - 146 visualizações

G 1


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Mais jogadores, escritório e lavagem de dinheiro: veja planos do grupo acusado de manipular jogos
Conversas mostram que grupo acreditava que número de jogadores envolvidos ia aumentar até o fim do ano  (Foto: G 1)

Conversas de um grupo encontradas no celular de Bruno Lopez, acusado de chefiar as fraudes em manipulação de resultados de jogos de futebol, indicavam planos para aumentar o esquema, como lavagem de dinheiro e a expectativa de atrair mais jogadores. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), tudo indica que os acusados planejavam concentrar as atividades em um escritório.

Planos para o escritório


Pela conversa, é possível ver que Ícaro chegou a dizer que era para evitar ao máximo falar por celular “para sair do flash”. Depois, Bruno planejou até a decoração do escritório. No grupo onde aconteceu a conversa, o MP também encontrou um diálogo sobre o planejamento das apostas do esquema

 Segundo o MP, o grupo criminoso cooptava jogadores com ofertas que variavam entre R$ 50 mil e R$ 100 mil para que cometessem lances específicos nos jogos - como um número determinado de faltas, levar cartão amarelo, garantir um número específico de escanteios para um dos lados e até atuar para a derrota do próprio time. Diante dos resultados previamente combinados, os apostadores obtinham lucros altos em diversos sites de apostas.

Segundo o Ministério Público, o esquema era dividido em quatro núcleos: de apostadores, financiadores, intermediadores e administrativo. Bruno Lopez, segundo a denúncia do órgão, era o líder do núcleo de apostadores.

Os núcleos funcionavam da seguinte forma: o "Núcleo Apostadores" era formado por responsáveis por contatar e aliciar jogadores para participação no esquema delitivo. Eles também faziam pagamentos aos jogadores e promoviam apostas nos sites esportivos.

Também havia o "Núcleo Financiadores". Eles eram os responsáveis por assegurar a existência de verbas para o pagamento dos jogadores aliciados e também nas apostas manipuladas.

Além disso, havia o "Núcleo Intermediadores", estes eram responsáveis por indicar contatos e facilitar a aproximação entre apostadores e atletas aptos a promoverem a manipulação dos eventos esportivos.

Também havia o "Núcleo Administrativo", que era responsável por fazer as transferências financeiras a integrantes da organização criminosa e também em benefício de jogadores cooptados.


Como a operação começou



A Operação Penalidade Máxima já fez buscas e apreensões nos endereços dos envolvidos. As investigações começaram no final de 2022, quando o volante Romário, do Vila Nova-GO, aceitou uma oferta de R$ 150 mil para cometer um pênalti no jogo contra o Sport, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Romário recebeu um sinal de R$ 10 mil, e só teria os outros R$ 140 mil após a partida, com o pênalti cometido. À época, o presidente do Vila Nova-GO, Hugo Jorge Bravo, que também é policial militar, investigou o caso e entregou as provas ao MP-GO.


Nota da defesa de Bruno Lopez na íntegra:

"De igual forma à primeira fase da operação, entendemos que, por se tratar de uma denúncia extensa, com diversos anexos oriundos dos elementos extraídos na investigação, é necessário muita cautela em qualquer comentário. Apesar de se tratarem de fatos novos, jogos diferentes daqueles que foram objeto de denúncia na primeira ação penal, o crime pelo qual Bruno se encontra acusado é exatamente o mesmo, mas por situações diferentes. Como de praxe, sempre com muito respeito ao trabalho do Ministério Público e do Poder Judiciário, as acusações serão formal e processualmente respondidas no momento oportuno."






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