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'Importância histórica e civilizatória', diz fundador da LGBTricolor sobre evento na CBF

Atualmente, segundo Onã, a LGBTricolor é "plenamente integrada" ao Bahia, e esse movimento tem que ser enxergado por outros clubes para que as discussões sobre a presença de grupos LGBTQIA+ no futebol seja mais frequente

Publicada em 25/08/22 às 11:15h - 147 visualizações

Fonte: bahianoticias.com.br com supervisão do Jornalista Jair Cezarinho WWW.ENCONTROJA.COM.BR


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'Importância histórica e civilizatória', diz fundador da LGBTricolor sobre evento na CBF
 (Foto: Foto: Glauber Guerra / Bahia Notícias)

Fundador da LGBTricolor, torcida LGBT do Bahia, Onã Rudá avaliou o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, realizado nesta quarta-feira (24) na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), como um momento de importância "histórica e civilizatória". Ele foi um dos discursantes do evento.  

"Há uma sinalização da CBF efetiva, e há algum tempo tenho trocado mensagem com Ednaldo, e ele tem reforçado esse compromisso de combater esse tipo de preconceito no futebol. Há três anos, quando surgimos, mandávamos e-mail para a CBF e a CBF não respondia. Imagine o presidente da CBF parar para poder dar atenção ao nosso trabalho", destacou.  

Atualmente, segundo Onã, a LGBTricolor é "plenamente integrada" ao Bahia, e esse movimento tem que ser enxergado por outros clubes para que as discussões sobre a presença de grupos LGBTQIA+ no futebol seja mais frequente. 

"[A LGBTricolor] Tem um case de sucesso para ser replicado em outros lugares. Se os clubes fizerem metade do que o Bahia fez do ponto de vista de garantias extensas de uma torcida, vamos dar passos que não conseguiremos medir. O futebol atinge uma parcela da sociedade que nenhum movimento chega. Em geral, os movimentos atuam em um espectro intelectual, acadêmico, isso não atinge a massa de forma rápida, leva um tempo. Quando temos eixos da sociedade que se dispõem a trazer para dentro esse debate, isso não é benevolência, bondade, não só um exercício de consciência, é um exercício de construção de sociedade. As grandes corporações do mundo estão tratando dessas temáticas de forma aprofundada, com o intuito de inverter sua lógica interna", ponderou. 

O fundador da torcida afirmou ainda que tem visto evolução dentro do estádio, e que as próprias organizadas do Bahia enxergam a LGBTricolor com respeito. 

"Temos, no Bahia, mais de 3 anos, que não detectamos um grito sistemático da torcida LGBTfóbico durante um jogo. Tivemos episódios. Na cena do jogo, é um debate que o futebol sozinho não vai dar conta. Individualmente, nós da torcida não recebemos mais nenhum tipo de assédio. Não acontece mais. Aconteceu quando eu comecei a caminhar, ouvia uma pessoa ou outra. O que acontece hoje em dia, torcedores xingam individualmente atletas, o árbitro", avaliou. 




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