Exceto a campanha feita pelo Juazeirense na Copa do Brasil, chegando a 4ª fase da competição e dando uma boa reforçada em seu sofrido caixa, bem como a conquista do campeonato estadual pelo Atlético de Alagoinhas, o ano de 2021 não foi nada bom para o futebol da Bahia.
Em função dos resultados obtidos em 2021, o ano de 2022 apresenta perspectivas sombrias já que em muitas competições o indicativo de participações depende da performance no ano anterior.
➢ Atlético de Alagoinhas, Bahia de Feira e Juazeirense não conseguiram acessar a série C do brasileiro. Do mesmo modo, o Bahia de Feira e o Juazeirense não conseguiram classificações para a Copa do Nordeste em 2022;
➢ Jacuipense, não conseguiu acessar a série B e ainda desceu para a série D e, para completar, também não conseguiu acesso à Copa do Nordeste em 2022;
➢ EC Vitória, vive mais uma vez uma turbulência administrativa grave com o afastamento de mais um dos seus Presidentes. Ficou fora da decisão do estadual. Não classificou à Copa do Nordeste para o ano de 2022. Não acessou a série A e ainda desceu para a série C do brasileiro;
➢ O EC Bahia, do mesmo modo, não disputou a final do campeonato estadual. Entrou para a Copa do Nordeste pelo critério de ranking da CBF e culminou com o rebaixamento para a série B do brasileiro. Sabe Deus quanto será a sua perda financeira diante da tragédia.
Onde está o erro dos dirigentes do esporte baiano? Cada caso é um caso. Futebol não é para todo mundo. É difícil, caro e demasiadamente complicado. Além das dificuldades financeiras inerentes à atividade, é um futebol repleto de amadores, incompetentes e interesseiros, ocupando cargos diretivos nos clubes.
São torcedores que se transformam em dirigentes, sendo que uma parte deles com objetivos focados no PIP-PARTIDO DO INTERESSE PRÓPRIO. As vezes até têm sucesso em suas atividades privadas e, que por conta disso, julgam-se fenômenos e supostos ases dirigindo clubes de futebol. Ledo engano. No futebol, como se diz na gíria, o “buraco é mais em baixo.”
Um clube com um ótimo planejamento, excelentes executivos e dinheiro em caixa para execução dos projetos, ainda assim não é certeza de sucesso. Ao passo que, quando não existem todos os pré-requisitos, o fracasso é certo. Novamente repito, futebol não é para qualquer um.
✓QUAL SERIA O CAMPEONATO DO EC BAHIA EM 2021?
Em tese, o EC BAHIA deveria ter feito o seu dever doméstico na série A galgando melhor classificação na tabela, criando meios de sustentação financeira, inclusive, para participar de disputas internacionais. Duvido que no início do campeonato algum desportista baiano, sendo torcedor ou não, colocasse o Bahia no rol dos rebaixados, olhando a lista dos 9 concorrentes diretos.
Considero dentro desse critério adotado os 9 clubes relacionados na tabela abaixo. Para não parecer perfeccionista vou estabelecer as seguintes possibilidades:
✓ 9 jogos em casa: 6 vitórias – 2 derrotas e 1 empate que
somariam 19 pontos no total;
✓ 9 jogos fora: 5 vitórias – 3 derrotas e 1 empate que
somariam 16 pontos no total;
✓ Total de pontos que deveriam ser obtidos seria de 35 dos
54 disputados, o que representaria um aproveitamento de
64,81% ;
✓ O EC Bahia só conseguiu obter 21 pontos (38,88%);
✓ Reclamar do que?
Não há mais nada a se acrescentar em torno das péssimas performances dos nossos clubes no ano de 2021. O que está feito não será desfeito. Agora é juntar os cacos e tentar soerguer.
Mas, não pensem que será fácil. Como dizem os sábios, nada é tão bom que não possa ser melhorado e nada é tão ruim que não possa ser piorado.
Ficam as lamentações e perspectivas sombrias para os anos vindouros, pois o regime é capitalista. Se com dinheiro pouco se fez, imaginem o que farão com menos dinheiro ainda. É só aguardar para ver o desenrolar dos fatos no ano que vem.
Adalberto Pereira – empresário