O clima deve esquentar nos próximos dias nos bastidores do Fluminense de Feira, com uma ação judicial movida pelo ex-presidente do clube, o advogado Hércules Oliveira que busca comprovar irregularidades existentes nos últimos processos eleitorais no Touro do Sertão. O advogado ingressou com um mandado de segurança na 2ª Vara Cível para obter documentos que venham a comprovar ilegalidades e assim partir para a anulação do pleito que elegeu o advogado Ícaro Ivinn no final do mês passado.

O descumprimento do regimento interno é um dos pontos questionados pelo ex-presidente, que busca o reestabelecimento da ordem e o cumprimento das normas estabelecidas pelo estatuto vigente do Fluminense. “Os atuais dirigentes executivos e do Conselho Deliberativo teriam que cumprir o regimento. Por exemplo: por que ‘travar’ a apreciação de contas de ex-presidentes? Outra coisa está claro o desvio de funções porque o Conselho Fiscal tem que ser isento e não ter uma participação a tal ponto de determinar quem deve ou quem não deve ser presidente. Essas são algumas das tantas irregularidades existentes”, aponta Hércules Oliveira.

Hércules Oliveira alega irregularidade no processo elegeu o advogado Ícaro Ivinn, presidente executivo até o próximo mês de dezembro.  “A eleição dessa diretoria não cumpriu as normas estatutárias do clube: foi iniciada sem ter o quórum mínimo que é de 50 sócios e após uma hora de processo se contou de forma equivocada e não se tinha 50 associados e aí fizeram uma prorrogação para atingir o número mínimo de sócios. Eles passaram por cima do estatuto e não foi somente agora porque no ano passado o ex-presidente Tom assumiu o clube de forma antecipada, quando ainda o então mandatário Zé Chico tinha mandato em vigor e não tinha renunciado ao cargo”, observa. “Quem já rasgou estatuto antes, rasga agora e o próximo passo é colocar o time na várzea, depois de rebaixarem para a 2ª divisão. Queremos que seja feita uma nova eleição obedecendo o estatuto e os novos dirigentes possam ter tranquilidade para trabalhar”, complementou.

MANDADO DE SEGURANÇA

O ex-presidente entrou com uma ação na 2ª Vara Cível, com o objetivo de obter um mandado de segurança que lhe garanta acesso a documentos relacionados aos últimos processos eleitorais ocorridos no tricolor feirense, desde o final de 2019. A expectativa é de que seja concedida uma medida liminar e a partir daí se buscar a anulação do último pleito que elegeu o advogado Ícaro Ivinn.

Hércules Oliveira anteriormente havia protocolado pedidos na secretaria do clube e como não fora atendido em seu pleito. “É um direito de qualquer cidadão e principalmente, qualquer conselheiro ter acesso a essas informações e até então não fomos atendidos. Ingressei com esse pedido na 2ª Vara Cível porque existem situações que precisam ser revistas e consertadas no clube. Vamos buscar reunir elementos para anular tudo que está aí e buscar estabelecer a ordem no clube”, declarou.

O advogado também informou que estará apresentando na Federação Bahiana de Futebol (FBF) a mesma documentação, com a finalidade de que sejam adotadas medidas administrativas. “Uma vez deferida a liminar, caso os dirigentes não forneçam a documentação, poderá implicar em multa diária e eles terão que arcar com estes valores e tudo isso porque nos foi cerceado o direito à informação. Vamos aguardar o resultado deste recurso para que seja dado prosseguimento ao nosso pleito”, disse Hércules Oliveira.