Ex-jogador de futebol com passagens por Flamengo, Flu de Feira, Bahia e Santa Cruz, Élcio Nogueira, o Sapatão, é mais uma vítima fatal do novo coronavírus. A morte, aos 72 anos de idade, ocorreu em Salvador. Ele havia sido hospitalizado após problemas com pressão arterial, porém teve confirmação para covid-19 nas últimas semanas.
Campeão Baiano em 1969 pelo Flu de Feira, Sapatão, zagueiro raiz, foi ídolo no tricolor. Ele chegou após negociação envolvendo o zagueiro Onça (já falecido) com o Flamengo.
“Naquele época o Flu de Feira tinha um grande zagueiro chamado Onça e que despertou o interesse do time carioca. O Tricolor recebeu cinco atletas no negócio realizado entre os clubes. Entres os jogadores, Élcio Nogueira, que aqui fez história”, contou o radialista Dilson Barbosa.
O radialista afirma que Sapatão foi fundamental para o título do Touro do Sertão em 69 e no vice em 71, porém não esquece de um fato curioso do defensor em jogo do Nordestão.
“Em uma partida da competição regional Sapatão fez dois gols contra no duelo com o Santa Cruz. A partida terminou 6 a 0 e foi um fato inusitado, mas que não tira em nada a grandeza do ex-defensor”.
Dilson Barbosa afirma que, sem dúvidas, Sapatão pode ter sido o melhor zagueiro da história do clube tricolor de Feira de Santana.
Outro ídolo do Flu de Feira e que jogou ao lado de Élcio, Merrinho, lembra da chegada do jogador ao time de Feira e que até mesmo seu filho foi batizado pelo ex-companheiro de clube.
“Nos conhecemos ainda no Rio de Janeiro, no Flamengo, eu cheguei aqui primeiro e um ano depois ele veio e todo o resto é uma história de carinho e respeito muito grande”, diz.
Merrinho citou que viveram grande fase na cidade, sendo campeões em 69 e quando do nascimento do seu filho convidou Sapatão para batizar o menino. “Era um garoto quando chegou aqui e foi muito bem acolhido por todos. Nossa amizade era muito grande e forte. Agora ficam apenas nossas boas lembranças”.
ÍDOLO TAMBÉM NO BAHIA
Zagueiro artilheiro. É assim que o cronista esportivo, Édson Marinho, define Sapatão. Marinho conta sobre o lado carismático do ex-atleta, que por onde passou sempre teve grandes amizades.
“Quando saiu de Feira para Salvador deixou saudades, assim como no Bahia que fez história sendo um dos quatros jogadores que conseguiu ser heptacampeão estadual”.
