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Morte de Jorge de Angélica abre lacuna na cultura feirense

Publicada em 31/10/23 às 12:55h - 95 visualizações

Cristiano Alves


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Morte de Jorge de Angélica abre lacuna na cultura feirense
Jorge de Angélica era considerado expoente na música e na cultura feirense  (Foto: Secom/PMFS)

 A cultura feirense está de luto com a morte do cantor e compositor Jorge de Angélica, ocorrido no final da noite de ontem (30) em virtude de complicações decorrentes de problemas renais. Ele estava internado na UPA do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e aguardava por uma regulação para ser transferido para Salvador, mas não resistiu e veio a falecer.

Jorge tinha 64 anos e dedicou 40 anos à carreira artística, sendo um dos expoentes do reggae em Feira de Santana. A sua importância para o cenário musical era tão grande que junto com Dionorina e Gilsan – outros dois “monstros sagrados” da música – formaram a Trilogia do Reggae que rendeu as gravações de um documentário, além de um CD e um DVD que na verdade foram um resumo da obra e da carreira dos três artistas.

Compositor e intérprete de músicas que falam de paz, amor e fazem alertas a problemas sociais, Jorge é pioneiro do reggae em Feira de Santana. O cantor incentivava a valorização da cultura feirense e fazia questão de levar o nome da cidade em todo o mundo durante os 40 anos de carreira. Ao longo dos anos, Jorge emplacou músicas conhecidas como, “Bahia Negra”, “Sopa de papelão”, “Cobra coral” e recentemente havia lançado a música “Gari”, que nos seus versos retratava o cotidiano destes profissionais, ao mesmo tempo que enaltecia o respeito por eles e o amor que eles sempre deveriam ter pela sua ocupação.    

Jorge de Angélica ainda ganhou notoriedade na sociedade feirense por idealizar e colocar em prática o projeto “Mão Angelical”, onde oferecia diversos cursos e oficinas de música e teatro com intuito de dar oportunidade a jovens de baixa renda a terem contato com o cenário artístico para posteriormente buscarem trilhar uma carreira.

 

 

REPERCUSSÃO

O corpo do artista está sendo velado, no Centro de Velórios Gilson Macedo onde amigos, familiares e diversas personalidades estiveram presentes. O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues lamentou o desaparecimento de Jorge de Angélica e através das redes sociais externou a sua solidariedade.

Hoje a cultura feirense e baiana se despede de um dos grandes nomes do reggae, o cantor e compositor Jorge de Angélica. Ele, que usava a sua arte como ferramenta de denúncia e resistência, ficará para sempre eternizado. Que Deus conforte os corações de amigos, fãs e familiares”, escreveu o governador.

O prefeito Colbert Martins Filho esteve presente ao velório e decretou luto oficial de três dias

Neste momento de dor, o prefeito Colbert Martins Filho se solidariza com seus familiares e amigos, expressando as mais sinceras condolências pela perda.

O sepultamento do artista acontecerá logo mais às 15 horas no Cemitério Jardim das Flores. 




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