Márcia Mamede, coordenadora geral do projeto, pontua que a produção de um evento em Morro de São Paulo enfrenta diversas dificuldades. "Vou dar um exemplo: você vai trazer um gerador de Salvador. Aí você traz na carreta, passa para uma balsa. Veio no barco que carrega o lixo que a gente conseguiu com um parceiro. Depois é retirado da balsa, arrastado por um trator para chegar aqui na segunda praia. Só aí você tira o quão ‘fácil’ é fazer um festival em Morro. Fora a mão de obra, a gente não consegue tudo aqui e precisamos trazer pessoal de fora".
"Na verdade, esse é o primeiro, porque antes era na Primavera, agora é no verão. A logística é diferente", conta Márcia. Ao ver o evento acontecendo, ela se emociona e afirma que a felicidade é enorme.
"Eu não consigo dizer o quão grande é a minha satisfação. Quando eu olho para o público curtindo o show com toda felicidade, nossos patrocinadores, que investiram e confiaram na gente, nos parabenizando e agradecendo, eu não tenho como mensurar a minha felicidade".
O evento
O grupo centenário Caretas de Cairu foi responsável por iniciar as atividades do Festival com suas indumentárias vibrantes. Devotos de Nossa Senhora do Rosário, eles foram reconhecidos como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia.
No palco principal, Ana Petkovic, primeira atração musical, embalou o público com trabalhos autorais, como 'Wasting Time' e 'Não há Nada', além de sucessos consagrados de nomes como Rita Lee, Bob Marley, Ana Carolina e Fer Gregoire.
Em seguida, Marcelo Falcão subiu ao palco e apresentou um show que passeou por diversas fases de sua carreira e teve no repertório canções como ‘Pescador de Ilusões' e ‘Lado B Lado A’.
Encerrando a noite, a banda DH8 fez no festival um esquenta do que vai apresentar no Carnaval de Salvador. O grupo ocupou o palco por cerca de duas horas e apostou em clássicos da folia momesca. As atividades seguem neste domingo, 5, quando acontecem shows de Tomate, Toni Garrido e Dayane Félix.