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Editorial

A noite em que a palavra “maybe” quebrou a minha cabeça em Tel Aviv

Esta noite em Tel Aviv, onde a palavra “maybe’ quebrou a minha cabeça foi mais uma das histórias que aconteceram comigo neste fantástico mundo da bola.

Publicada em 05/06/20 às 15:08h - 227 visualizações

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 A noite em que a palavra “maybe” quebrou a minha cabeça em Tel Aviv
 (Foto: Reprodução)

Em 1988 a Seleção Brasileira fez uma excursão à Europa e depois foi realizar uma partida em Tel Aviv contra Israel. Aliás, que dificuldade para quem chega no aeroporto da cidade. Uma “revista” incrível (homens, mulheres e crianças) e ninguém escapa das forças armadas do país.

Pelo menos, na época era assim. Atualmente não sei, porque nunca mais fui por lá. Mas como se trata de uma região onde constantemente são registrados conflitos, aéreos e terrestres, deve continuar sendo a mesma coisa.

Estava cobrindo os jogos da Seleção Brasileira para a Rádio Excelsior (AM 840) e também para o Jornal da Bahia. Junto com Dílson Barbosa e Jair Cesarinho, da Rádio Sociedade de Feira de Santana, e Júlio Baltazar e Toni Market, de Osasco, fazíamos as transmissões.

Com Romário em grande forma, o Brasil não teve dificuldade em golear a Seleção Israelense por 4 a 0. O “baixinho”, em tarde inspirada, fez dois gols e foi o melhor jogador em campo.

Estávamos hospedados em um hotel numa avenida que ficava na beira da praia. À noite, depois do dia do jogo da Seleção, houve uma festinha organizada por brasileiros e israelenses em local ao ar livre. Bem junto do hotel.

Naquela oportunidade era fácil. Os jogadores estavam de folga e quase todos foram à festinha. A comissão técnica também. Nessa época ainda ariscava um ou no máximo três copinhos de cerveja.

E a festinha começou a ficar animada. De repente, eu vejo uma linda morena dançando sozinha. Lembro que estava ao lado de Romário e médico Hilton Gosling. Os dois deram a maior força . “Chega nela baiano”.

Fui lá, joguei meu inglês de índio e conseguimos manter um diálogo esquisito, mas conseguimos. Ela não falava nada de Espanhol (ai ficaria mais fácil) muito menos em Português. Só mesmo o Inglês.

Na malandragem do brasileiro, consegui fazer com que ela entendesse que eu tinha camisas da Seleção Brasileira e outros brindes do Brasil no meu apartamento do hotel. E em Inglês, e fazendo gestos, eu perguntava se ela topava ir lá comigo para pegar. Mas a resposta era uma só:

– Maybe. Maybe.

Eu não sabia o que significava “maybe”. Lembro que perguntei ao Romário, ao médico Hilton Gosling e a vários jogadores do time brasileiro que estavam por perto. E ninguém me ajudou. Ninguém sabia o que significava. Pensei e voltei para conversar com a morena, que não parava de dançar. E a resposta era a mesma:

– Maybe.

O tempo foi passando, muita gente foi saindo e a festa foi acabando. No final, a bela israelense ainda passou perto de mim e repetiu a mesma palavra. Eu insistia: “Toninght“? Esta noite. “Tomorow“? Amanhã. Eram as poucas palavras que, na oportunidade, eu sabia em Inglês. E a belo morena foi embora dizendo ” bye bye” e acrescentando a tal palavra “maybe”.

Festa encerrada, cada um foi para o seu apartamento, e quando abro a minha mala , lembrei que tinha um dicionário de bolso. E logo me apressei para saber o que a israelense tanto falava.

E “maybe” em Inglês significa TALVEZ. Fui dormir com os meus brindes guardados, tive uma bela noite de sono e no dia seguinte fui explicar ao Romário e outros que estavam juntos comigo na festa o que significava a palavra dita repetida vezes pelo bela morena.

Esta noite em Tel Aviv, onde a palavra “maybe’ quebrou a minha cabeça foi mais uma das histórias que aconteceram comigo neste fantástico mundo da bola.

Marão Freitas




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