Eles continuam surgido nos mais diferentes pontos da Terra, como verdadeiras obras de arte, produzidas à noite, sem testemunhas e a cada dia mais complexos. No Brasil vários casos já ocorreram, mas a história desse fenômeno começou a ser conhecida mesmo em julho de 1983, quando o engenheiro eletrônico inglês, Colin Andrews, dirigia seu veículo por uma estrada da localidade de Winchester, e observou um estranho desenho em uma plantação de grãos em uma fazenda. Eram cinco esferas muito bem desenhadas na plantação. Surpreso e até inquieto com aquilo ele retornou ao local com uma câmera e fez inúmeras fotos.
Depois resolveu pesquisar e tomou conhecimento que aqueles curiosos desenhos não eram novidade, já que há muito tempo vinham aparecendo, só que ninguém sabia o que significava e, muito menos, como surgiam da noite para o dia. A partir de então Colin Andrews, que na juventude havia sido jogador de futebol e bombeiro, mas se tornou famoso como fotografo profissional, registrando a princesa Diana e o príncipe Charles em lua de mel, passou a dedicar sua vida ao fenômeno, atribuído a extraterrestres e denominado agroglifos, já que são desenhos feitos em áreas agrícolas.
Na opinião dele e de outros tantos pesquisadores, esses interessantes trabalhos, feitos com perfeição, são importantes mensagens de outras civilizações abordando questões fundamentais da humanidade, que ainda não conseguiu decodificar. Os agroglifos estão em toda a parte e, no Brasil, alguns episódios em Ipuaçu, Santa Catarina foram os mais evidentes. Na verdade há mais de 30 anos os “círculos ingleses” ,assim chamados porque os primeiros registros foram feitos na Inglaterra, são estudados por cientistas e autoridade militares - que evitam falar sobre o assunto -, já que não encontram respostas. Nos anos 80 Doug Bower e Dave Chorley, dois ingleses de mais de 80 anos de idade, ganharam manchetes quando afirmaram que eram responsáveis pelos círculos. Essa afirmativa prejudicou muito os estudos que eram feitos e a credibilidade das informações de até então, sobre a origem alienígena do fenômeno.
Mas a expansão dos agroglifos, por vários países, e a sua complexidade cada vez maior, ao lado da estética - verdadeiras obras de arte -, e o tempo em que eles surgem, derrubaram qualquer possibilidade de ser uma criação humana. Há uma inteligência superior por trás dessas manifestações é o que se pode imaginar. O pesquisador Colins defende a tese de que são realmente mensagens de outras civilizações que ainda permanecem insolúveis pelo homem. Muitos acreditam que há uma grande preocupação de outras civilizações com o destino da Terra, diante da ameaça de uma guerra, das doenças (como o covid-19), o desmatamento da Amazônia, a destruição da fauna e da flora, aumento da poluição e da demografia. Essas mensagens seriam para alertar e orientar a humanidade.
Nas suas pesquisas “in loco” pelo mundo, Colins disse ter ouvido de fazendeiros ingleses que os “círculos” ocorrem desde a década de 40 e no Brasil desde 1938. O fenômeno incide em alterações no campo magnético, provocando falhas em motores de maquinas agrícolas e automóveis, agulha de bussolas e rotor de helicóptero. Animais como bois e cães, também manifestam desconforto nas áreas dos círculos. Os agroglífos, ou agrogramas – desenhos geométricos que surgem em áreas plantadas com arroz, cevada e milho -, principalmente, continuam a desafiar a inteligência humana. Quem os faz? O que dizem?
Zadir Porto
