— Se eu não sou flor que se cheire, como dizem alguns, para o bem da boa informação, convém a ressalva: quem cheirou, gostou.
A frase aí vem de Raimundo Varela, o criador do Balanço Geral, que nos deixou. Ele vinha do seu maior perrengue quando batemos longo papo, ao lado da fotógrafa Iracema Chequer, mostrava ter superado a dor com pitadas de bom humor.
Em 2006, após passar quatro meses internado num hospital com violenta crise de diabetes, veio o diagnóstico: o fígado pifou e por tabela o rim também. Acabou fazendo o duplo transplante, com sucesso.
— Eu não vou dizer que nasci de novo. Eu sobrevivi. Na real, eu sabia que estava numa situação delicada, os médicos me diziam. Mas nunca me passou pela cabeça a ideia de morte.
Foto: Xando Pereira | Ag, A TARDE
Vitória