erta feita, no primeiro governo de Rui Costa, perguntamos a ele: a sensação que temos é que Wagner e você herdaram da era do carlismo um estado financeiramente saudável, confere?
A resposta:
— Sim. Temos diferenças na forma de investir, de aplicar o dinheiro. Fora disso, tudo bem. E tenha certeza que não serei eu quem deixará o estado mal, quando o meu tempo expirar.
O tempo de Rui está expirando no fim desse mês. E tudo indica, que a palavra foi cumprida. Jerônimo também vai herdar um estado financeiramente saudável.
Pelo menos foi isso que o secretário Manoel Vitório disse ontem na Comissão de Finanças da Assembleia, presidida por Nelson Leal (PP), onde foi fazer o balanço do segundo quadrimestre de 2022, mas na verdade, o tom do encontro foi de despedida, com ele apresentando um painel geral e recebendo elogios dos deputados.
Números —Vitório diz que até outubro a Bahia investiu R$ 7 bilhões, um recorde, em números absolutos, só superado por São Paulo, mas se levado em conta os percentuais em relação a receita, o primeiro do país, apesar de mudanças na legislação federal terem impactados negativamente.
— Nós corremos atrás, apesar das condições adversas, como os entraves apresentados pela União nos últimos anos para a obtenção de empréstimos. Mantivemos o ritmo de investimentos por conta da ampliação dos recursos próprios direcionados a estes gastos.
E agora, Vitório fica com Jerônimo ou vai com Rui para Brasília? Nem ele sabe.
Ottinho cá para contemplar Charles lá no Sudoeste baiano
Uma das articulações que estariam sendo executadas na ala do senador Otto Alencar para o governo de Jerônimo Rodrigues é colocar o deputado federal Otto Filho, o Ottinho (PSD), na Secretaria de Infraestrutura e deslocar o atual secretário, Marcus Cavalcanti, para a Casa Civil.
Marcus, ao lado de Manoel Vitório (Fazenda) e André Curvelo (Comunicação), forma o trio de secretários mais bem avaliados na era Rui Costa, segundo deputados governistas na Alba.
A entrada de Ottinho é cogitada para abrir vaga, em Brasília, para Charles Fernandes, ex-prefeito de Guanambi, que como em 2018 ficou na 1ª suplência. Ele e os estaduais Vítor Bonfim (PV), Ivana Bastos (PSD), Marquinhos Viana (PV) e Eures Ribeiro (PSD) são tidos como padrinhos da grande vitória de Jerônimo no Sudoeste baiano.
Paulo Jackson na 3ª edição
O livro Paulo Jackson - Um oposicionista na política baiana, 1990-2000, editado pela primeira vez em 2010 pela Embasa, a segunda em 2015 pela Assembleia, vem aí na sua terceira edição de novo pela Assembleia.
A autora, professora Joandina Maria de Carvalho, aprofundou mais as pesquisas sobre o personagem, filho de Caetité que é uma das figuras mais respeitadas que já passaram pela Alba.
Mudanças na estrutura do governo não são lá tantas
O projeto de reforma administrativa que a equipe de transição de Rui Costa para Jerônimo bolou e está na Assembleia, não traz lá tantas mudanças assim, segundo o deputado Vítor Bonfim (PV). A principal mudança: a Secretaria de Justiça e Desenvolvimento Social volta a sua forma original, mudada com Rui: será Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. A banda social fica com uma Secretaria específica, a de Desenvolvimento Social.
— Não tem nada de impactante. É muito mais um ajuste do que uma reforma.
Claro que o ajuste em apreço implica também em um alinhamento estrutural com o que Lula está montando na engrenagem federal.