Dizem que antigamente era assim, quando o rei morria e a notícia chegava, logo gritavam: ‘O rei morreu? Viva o rei!’. O novo rei, claro. Ontem não foi bem assim, porque a Rainha da Inglaterra, Elizabeth II, que faleceu, era muito querida, embora a sucessão tenha sido automática, com o filho Charles, agora o Rei Charles III.
Mais que Rainha da Inglaterra, Elizabeth II entra para a história como a mais expressiva representante de uma milenar prática de poder, a sucessão de pai para filho. E no caso, com direito a recorde de longevidade, 70 anos, sete papas, 14 presidentes norte-americanos e 17 brasileiros.
Claro que ainda hoje temos cá entre nós os resquícios monarquistas. Exemplos: a palavra real, que significa verdade absoluta, vem do rei. E principal, a prioridade absoluta, do príncipe. Sem falar que no nosso jogo político eleitoral, é comum pai passar o bastão para filhos, um indicativo de que exercer poder é gostoso.
7 de setembro —É por aí que vemos os laços genéticos sempre rondando o poder mesmo entre nós, como Lula e seus filhos e Bolsonaro idem, idem, mesmo em mandatos a prazo fixo.
Mas cá para nós, e chamando o caso para o nosso contexto do momento, mais uma vez fica provado que notícia também tem hierarquia, a maior abafa a menor. A morte da Rainha Elizabeth ontem acabou prejudicando Bolsonaro, que botou todo o gás no 7 de setembro, roubou a cena. Tomou todo o tempo de todas as emissoras de TV e o papo sobre o imbrochável, broxou.
D. Maria, a baiana mais velha do mundo, pode bater o recorde
A TV Bahia exibiu terça última uma reportagem com D. Maria das Graças dos Reis, moradora do povoado de Bela Vista, em Bom Jesus da Lapa, apresentando-a como a pessoa mais velha do mundo, com 122 anos de idade completados no último dia 6 de junho.
Se há provas disso, com certeza é a mais velha do planeta, título que está hoje com a japonesa Kane Tanaka, 119 anos. Mais que isso, a comprovação torna o caso bem mais interessante.
Hoje, o Guiness Book, o livro dos recordes, atribui o recorde mundial de longevidade à francesa Jeanne Calment, que viveu de 1875 a 1997, com 122 anos e 164 dias. Se comparado com a nossa D. Maria, dá para ver que a nossa baianinha está a exatos 38 dias do empate. Se for a 39, bate o recorde.
Bom ficar de olho, com a nossa imensa torcida para vê-la ir muito mais do que a quebra do recorde.
Preconceito em Barreiras
Atacada por três colegas por ter convidado catadores de lixo para reciclagem no lixão para ir à Câmara de Barreiras discutir os seus problemas, a vereadora Carmélia da Mata (PP) tirou o pé fora e bateu pesado.
— Isso é uma vergonha, um desrespeito, uma atitude preconceituosa!
O caso causou intenso furdunço nas redes do oeste baiano. Até porque, um dos vereadores disse que não precisa ‘do povo do lixo’.
Prisão do vereador Jean bate forte em Ibotirama
A prisão de Jean Charles Alexandre,ou simplesmente Jean, presidente da Câmara de Ibotirama, preso ontem acusado de ser o mandante do assassinato de um cabo eleitoral, atingiu em cheio o grupo do prefeito Laércio Santana. Ele, Jean e também o vice Wilson Leite. Os três se elegeram pelo PSB, pertenciam ao mesmo grupo.
Ontem, em entrevista a uma rádio local, o prefeito Laércio estava visivelmente desconcertado e foi todo meticuloso ao falar.
— A polícia está investigando tudo. Ele (Jean) tem um histórico de ajudar ao povo. Com fé em Deus vai dar tudo certo.
O vice vai na mesma pegada, cheio de dedos.