Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil
Sabe-se lá se teremos carnaval, mas no jogo político, a folia corre como no velhíssimo normal dos anos pré-eleitorais. Todo mundo de olho nos desdobramentos federais, mas fazendo seu jogo por cá, em todos os lados.
Deputados estaduais da oposição, entre eles Sandro Régis (DEM), o líder da bancada na Assembleia, e Paulo Câmara (PSDB) foram esta semana a Natal ver a CPI lá que investiga o caso dos respiradores, aquele da empresa que levou R$ 40 milhões e nada entregou nem devolveu o dinheiro.
O foco é claro. Foram buscar munição para tentar atingir Rui Costa no caso dos respiradores, que, junto com a segurança, onde as estatísticas desfavorecem o governo, forma a base do discurso oposicionista.
Nelu
Óbvio que Rui Costa não assiste a tudo de braços cruzados. Muito pelo contrário, ele se organizou para o momento muito bem armado. Ajeitou o cofre, e está mais correria do que nunca nos quatro cantos da Bahia, despanchando ordens de serviço para obras.
O sonho de Neto é estadualizar a campanha, descolar da federal, já que, em 2006, o avô dele, ACM, federalizou a peleja atacando Lula. E perdeu. Na Assembleia, o deputado Carlos Geilson (PSDB), aliado dele, brincava a alto e bom som:
— O ideal é a chapa Nelu. Neto e Lula!
Jaques Wagner e Rui Costa, que já têm Lula como aliado top, querem mais é federalizar.
*Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde