Foto: Divulgação/Assessoria
Pergunta de Kelmo Bernardes, jornalista: A saída de Rodrigo Pacheco (senador mineiro e presidente do Senado), do DEM, e agora do apresentador José Luís Datena, do PSL, ambos para o PSD de Gilberto Kassab, não prejudica ACM Neto?
Aparentemente sim, talvez não. Pacheco no DEM e Datena no PSL, ambos integrariam o União Brasil, o partido que vai resultar da fusão entre os dois, ação que tem Neto como um dos pivôs. Dizem em Brasília que, com isso, o próprio Neto emerge como alternativa presidencial do UB.
Seria bom? Neto diz enfaticamente que só pretende disputar o governo da Bahia. Em 2018, desistiu e fragilizou a bancada. Agora é competitivo, e no caso em apreço teria bem mais perdas cá do que ganhos por lá.
Com Rui
Ademais, na Bahia o empoderamento do PSD só faz bem ao líder estadual da legenda, o senador Otto Alencar. Embora se cogite a possibilidade de Pacheco, com forte apoio em Minas, disputar a Presidência da República, Otto diz que na Bahia isso diz muito pouco:
— Temos um acordo em torno das alianças estaduais. Serão respeitadas como nos casos da Bahia e Amazonas, por exemplo. Além disso, Pacheco foi lançado, mas nunca se declarou candidato.
Na Bahia, Otto só não diz abertamente, mas todos os movimentos dele e do grupo indicam que ele já definiu seus rumos em 2022: fica com Wagner e Lula.
*Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.