Foto: Reprodução/Trip Advisor
Feriadão do Dia das Crianças, praias cheias nos quatro cantos da Bahia, tudo parecendo que o velho normal voltou. Mas só parece. Nos núcleos do poder, o verão está chegando, e a preocupação maior é com os portos e aeroportos, os canais de entrada da Covid, também podem ser de variantes malditas.
Isso ficou exposto na reunião ontem entre secretários municipais de Saúde das capitais, Ministério da Saúde e Anvisa. Ponto crucial: o governo liberou os navios de cruzeiro marítimos. E quem vai fiscalizar?
A ideia inicial era empurrar para os municípios, fazendo a testagem na chegada. Os secretários chiaram, dizendo que isso é papel da Anvisa, na saída, ideia que prevaleceu. E a Anvisa fiscaliza mesmo? A julgar pelo episódio do jogo Brasil e Argentina, interrompido com os times já dentro de campo, não dá para confiar.
Dois pontos
Leo Prates, secretário de Saúde de Salvador, disse que talvez estejamos entrando na fase mais complexa da pandemia.
— Duas questões são cruciais. Primeiro, os países ricos têm que se conscientizar que é fundamental ajudar aos mais pobres. De repente, eles desenvolvem lá uma variante que fure o bloqueio da vacina. E segundo, o controle de portos e aeroportos.
Fica difícil à medida em que o governo resiste até em exigir o passaporte da vacina, coisa que outros países fazem sem pestanejar. É mais um complicador para o Carnaval, talvez o maior.
*Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.