“Sempre me agradou a ideia das passarelas. Coisa futurista; inovadora; bonita de ver."
Já os modelos “caixote”...me preocuparam desde a exposição do projeto, em 2012. No ensino médio, meu refúgio nas tardes de aula era o banquinho em frente à piscina; senão o gramado no refeitório anexo. Deitava nele para ouvir música e me desligar. Recarregava meu intelecto e emocional. Era um lugar aberto, com verde, azul, ar fresco. Piegas, talvez. Para mim, fazia toda a diferença.
Os prédios novos são caixas. Há neles um espaço sequer pra enxergar o céu; receber uma brisa sem que os alunos precisem arquear suas cabeças janela afora? Espero que sim!
Não tenho o que reclamar da equipe de professores que me acompanhou no Helyos, nos ensinos Fundamental 2 e Médio. Inteligentíssimos e extremamente dedicados. Muitos estão se despedindo aos poucos da instituição, feliz ou infelizmente. Quanto à coordenação e diretoria, não posso dizer a mesma coisa. Há muita coisa a ser analisada e mudada. Arriscaria dizer que há uma perda de foco. Quem sabe até uma inversão de valores. Inúmeras vezes lá dentro, a sensação é que somos enxergados como mercadoria em uma linha de produção. Quer sair? Se você é bom aluno, vamos conversar, ver como podemos te convencer a ficar mais um pouco. Se suas notas não embelezam o boletim, au revoir (adeus)! Você é o que oferece aos futuros rankings.
Uma pena. Mesmo. Muitos dos meus ex-colegas têm acompanhamento psicológico (alguns, psiquiátrico) até hoje.
Por mais contraditório que pareça, se pudesse voltar no tempo, não escolheria outro lugar para minha formação escolar. Sem dúvida, correria (mais) atrás de corrigir o que enxergava de errado. Fiz muito disso lá dentro e me meti em confusão por este motivo também. (Quase) toda insatisfação era notificada. Cansei de bater de frente com coordenadores e com o próprio diretor, que raramente reconhece os alunos. (Se você é um dos que já apareceu nos outdoors do colégio, releve o que acabei de dizer). Falei muito, mas falaria mais.
É lamentável ver uma potência geradora de intelecto tão grande pecar numa esfera tão essencial: a humana.
É lamentável ver os coordenadores com meninice nas redes sociais, compartilhando indiretas em resposta às críticas que recebem. Quanta sabedoria! Custa fazer uma autoanálise, ver o que todos veem?
Meu muito obrigada ao Helyos por todos estes anos lá dentro. Fiz amigos inesquecíveis. Aprendi com mestres sen-sa-cio-nais. Fui abraçada por funcionários que sabem ser gente de verdade. Quanta saudade!
Mesmo assim, MELHOREM!”