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Brasil

Governo calcula economia de R$ 400 milhões caso retome o horário de verão

Especialistas consultados pelo g1 apontam redução de custos para consumidores, ainda que baixa. Comitê recomendou ao governo a retomada da medida, suspensa em 2019.

Publicada em 23/09/24 às 08:07h - 89 visualizações

Fonte: G1


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 Governo calcula economia de R$ 400 milhões caso retome o horário de verão
 (Foto: Foto: Agência Brasil)
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) recomendou ao governo, na quinta-feira (19), a retomada do horário de verão. A medida pode ajudar a economizar R$ 400 milhões entre outubro e fevereiro.

Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), que elaborou o estudo apresentado ao CMSE, o horário de verão pode reduzir a demanda máxima por energia elétrica em até 2,9%.

Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico recomenda volta do horário de verão

Especialistas consultados pelo g1 apontam que a economia provocada pela medida também deve ajudar a reduzir os custos aos consumidores, à medida que menos usinas termelétricas forem acionadas.

A conta de luz vai cair?

O presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE) e ex-diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata, afirma que os consumidores devem sentir uma redução nos custos com a medida.

Para Barata, o valor pode parecer irrisório frente à quantidade de dinheiro que circula no setor elétrico, mas qualquer economia é bem-vinda.

Safra - O clima seco no País afeta diversas culturas agrícolas e contribui para uma alta superior a 6% nos preços dos alimentos neste ano. Porém, as perspectivas para a próxima safra de grãos seguem positivas, o que indica um quadro mais benigno para a inflação no ano que vem.

A observação é feita em relatório do departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, que observa que, embora a inflação da alimentação no domicílio deva encerrar o ano acima de 6%, o cenário para 2025 é de arrefecimento, dada a expectativa de recorde, puxado por soja e arroz, na próxima safra de grãos.

Por outro lado, o Bradesco pondera que o aumento esperado nos preços de carne bovina tende a limitar a desinflação de alimentos. Considerando a elevação da arroba do boi, a projeção é de alta de 4,5% aos preços de alimentos no próximo ano.

Em relatório assinado pelas analistas Mariana Freitas e Priscila Trigo, é observado que, além dos impactos da seca na safra atual, a demanda doméstica se mostrou mais aquecida do que o antecipado. Em paralelo, o câmbio teve depreciação de cerca de 12% neste ano. As queimadas em São Paulo, comentam, tiveram efeitos pontuais na produção, com maior impacto no mix produtivo da cana do que pressões altistas em preços. A cana queimada tende a ser direcionada para etanol, minimizando as perdas ao produtor.

Ao analisar também o menor volume de chuvas nos reservatórios do sistema elétrico, que estão com cerca de 50% da capacidade, e expectativa de recuo para 40% até o fim do ano, o Bradesco considera que o nível não é tão crítico quanto em 2021. Há, contudo, um impacto no custo, pois o operador do sistema (ONS) optou por mais despacho térmico para preservar o armazenamento hidráulico.



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