Pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, o Brasil será representado pela mulher de um presidente da República. A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, conseguiu uma credencial para substituir o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e vai receber a delegação brasileira na abertura das Olimpíadas de Paris. A cerimônia ocorrerá nesta sexta-feira (26). No último dia 11, Lula anunciou que ela iria representá-lo na cerimônia.

O petista criou um impasse para a diplomacia brasileira com a decisão, pois o prazo para solicitar a entrada no evento tinha terminado. O chefe do Executivo tinha direito a uma credencial de dignitário, que não poderia ser transferida para outra pessoa.

Normalmente, quem representa o Brasil como chefe de Estado na abertura das Olimpíadas é o presidente da República ou o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Lula, por exemplo, esteve na cerimônia de dois Jogos Olímpicos: 2004, em Atenas, na Grécia, e 2008, em Pequim, na China.

O Itamaraty e o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) precisaram intervir junto ao Comitê Olímpico Internacional (COI), órgão responsável por credenciar autoridades, para conseguir o documento.

O COI destacou que abriu uma “especial exceção” para o governo Lula ao permitir que a primeira-dama substituísse o presidente da República na cerimônia. Uma comitiva de apoio com membros do cerimonial do governo e quatro seguranças já está na capital francesa. Como representante oficial do Brasil, a primeira-dama participará de um jantar oferecido a chefes de Estado pelo COI no dia 25 e outras agendas.