As empresas aéreas vão fechar o ano com motivos pra comemorar. 2023 está sendo mais movimentado nos aeroportos desde antes da pandemia. O passageiro voltou, mas reclama do preço alto das passagens.
“A gente está indo para Brasília passar o ano novo com a família. Estamos chegando, mamãe, prepara a janta”, conta a estudante Juliana Naomi com seu gato.
Em Congonhas, o segundo aeroporto mais movimentado do país, o grupo de amigas também não disfarça a alegria.
"A gente vai para Santarém - Alter do Chão. Acho que essa última semana foi uma semana de contar no calendário os minutos", diz a gerente de marketing Aline Oliveira.
Para as empresas aéreas esse alegre movimento de passageiros é definido como um momento de retomada. Em 2023, o setor voltou ao patamar da pré-pandemia. De janeiro a novembro, foram mais de 102 milhões de passageiros voando dentro e para fora do Brasil, um aumento de 7,5% em relação a 2022.
Mas uma retomada que está pesando na inflação e no bolso do consumidor. O aumento acumulado das passagens em 12 meses foi de 36,45%.
“2023 é o ano que consolida a nossa retomada, mas consolida num ambiente de custos muito diferente, mais pressionado, 60% dos custos do setor aéreo são dolarizados, boa parte disso, 40% dos custos são relacionados em combustível da aviação. Nós temos trabalhado e dialogado bastante com o governo por uma agenda estruturante que nos permita - permita às empresas - ampliar sua oferta, trazer mais aeronaves, ter mais acentos disponibilizados.”, diz Jurema Monteiro, presidente da Associação Brasileira de Empresas Aéreas.
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