Com a criação de três corredores aéreos, anunciada pela Força Aérea Brasileira (FAB), para que os invasores deixem a Terra Indígena Yanomami, garimpeiros que estão no maior território indígena do país reclamam do alto preço dos voos clandestinos para sair do local. Em protesto, eles ocuparam nesta terça-feira (7) a pista do Jeremias, na região de Homoxi, uma das principais rotas do garimpo ilegal (assista no vídeo acima)
Os garimpeiros comentam que atualmente os voos clandestinos custam R$ 15 mil por pessoa - antes, custavam R$ 11 mil. Vídeos compartilhados pelos próprios garimpeiros mostram dezenas de homens e mulheres aglomerados na pista e jogam botijões de gás de cozinha e outros objetos para impedir que as aeronaves pousem.
"Os garimpeiros estão revoltados, enquanto os burus [helicópteros] e os aviões não abaixarem o preço da passagem eles não vão sair da pista, eles não vão pousar enquanto não baixar a passagem. Os garimpeiros estão se revoltando aqui no Jeremias", diz uma mulher.
O preço cobrado antes da crise foi detalhado no "Yanomami sob ataque", divulgado em 2022 pela Hutukara Associação Yanomami (HAY). O levantamento indicava que esse valor de R$ 11 mil era para levar garimpeiros para as pistas Rangel, Cascalho, Espadim, Malária, Pau Grosso e Jeremias - onde os invasores se reúnem atualmente.
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