Com as ações em leilão, após anunciar na véspera “inconsistência contábil sem precedentes”, a Americanas registrava queda de 75% na Bolsa, na manhã desta quinta-feira (12), com ativos negociados a R$ 3. Os papéis da companhia ficarão em período de leilão até às 13h.
A Americanas comunicou ontem que foram detectadas inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões, em análise preliminar, com data-base de 30 de setembro de 2022.
As ações da Americanas fecharam a véspera a R$ 12, com alta acumulada de 24%. O valor de mercado da companhia até ontem era de R$ 10 bilhões, metade do buraco anunciado.
O volume do rombo previsto no balanço da companhia é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza, que ontem (11 de janeiro) valia R$ 20,20 bilhões, ou da Lojas Renner, que também valia R$ 20,22 bilhões, segundo cálculos de Einar Rivero, da TradeMap
Diante disso, o diretor- presidente Sergio Rial e o diretor de Relações com Investidores André Covre, empossados em 2 de janeiro deste ano, informaram sua decisão de não permanecer na companhia, com efeito imediato.
A companhia fez uma teleconferência aberta nesta manhã, com a participação de investidores e analistas com os executivos da empresa para tentar sanar dúvidas.
Empresa vem de um ano ruim
Assim como as demais varejistas com ações listadas na Bolsa, como a Magalu, a Americanas não teve seu melhor em 2022, período marcado pela queda de empresas de e-commerce. Só os ativos da Americanas desvalorizaram quase 70% no ano passado.
A empresa também teve problemas de gestão no período, o que pareciam que seriam resolvidos com a chegada de Rial.
Fonte: CNN Brasil