Na história do futebol mundial, ninguém conseguiu ser maior do que Pelé.
Dizem que todas as histórias têm um começo, um meio e um fim. Nem todas. O roteiro de vida que Pelé escreveu com os pés, pelos campos do planeta, não tem ponto final. É uma história que vai continuar sendo contada e recontada, de geração a geração, gol a gol.
A cada imagem revisitada de um personagem que nasceu para se tornar imortal, para se tornar uma lenda.
A saga do menino pobre que nasceu num lugar escondido entre as montanhas de Minas Gerais: Três Corações, uma cidade que viveu às escuras até 1940. Quando a luz chegou, a alegria foi tanta que um dos moradores decidiu dar ao filho que nascia um nome em homenagem ao inventor da lâmpada elétrica: Thomas Edison.
E veio então ao mundo uma criança iluminada: Edison Arantes do Nascimento. O filho primogênito do casal Dondinho e Celeste. Dondinho era jogador do time de futebol local. O pequeno Edison ainda era chamado de Dico, quando toda a família se mudou para Bauru, em São Paulo. O pai tinha recebido proposta para trocar de clube.
Dico cresceu e ganhou a rua. Aos 6 anos, já se dividia entre os estudos e os chutes em bola de meia. Em Bauru, foi chamado pela primeira vez de Pelé.
“ Aí o garoto chamou ‘Pelé’, eu não sei se foi uma brincadeira, se eu falei alguma coisa errada, se foi uma piada. Eu briguei com ele porque eu não queria o apelido de Pelé, uma coisa feia, eu achava na época. Toda a garotada do prédio, as meninas, começaram a chamar ‘Pelé, Pelé’, e eu brigava com todo mundo. Foi assim que eu peguei o apelido Pelé, sem saber porque e hoje eu adoro, porque é um nome conhecido no mundo todo”, contou o Rei do Futebol.
A fama mundial só viria uma década depois do novo apelido, mas o franzino herdeiro de Dondinho já era um craque com a bola no pé.
Com 9 anos, Pelé viu o pai chorar, na derrota para o Uruguai em plena final da Copa e lançou uma profecia:
“ Brinquei com meu pai, 'não chora, não, pai, eu vou ganhar uma Copa para você". Oito anos depois, 1958, eu estava na Suécia”, relembrou Pelé.
O garoto tinha mesmo futuro. Aos 13 anos, já era titular do Baquinho, a divisão de base do Bauru Atlético Clube.
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