A 20ª legislatura da Assembleia Legislativa de Sergipe - Alese (1º de fevereiro de 2023 a 31 de janeiro de 2027) terá uma renovação de mais de 60% em sua composição. Entre os novos deputados estaduais da Casa, tem Clailton Batista dos Santos, o Kaká Santos, União Brasil.
Eleito com 20.280 votos na eleição de 3 de outubro – 16ª posição –, Kaká Santos, 37 anos, ocupará pela primeira vez um mandato parlamentar. Ele já foi secretário de Esportes de Tobias Barreto na gestão do ex-prefeito Diógenes Almeida.
Ele é mais um filho de Tobias que assumirá uma cadeira na Alese. Na eleição passada, em 2018, a cidade elegeu dois representantes, mas ficou sem nenhum atualmente. Diná Almeida foi cassada em 2021 e Dilson deixou a Casa em 2020 para assumir a Prefeitura de Tobias.
Conhecido na Região Sul – somente em Tobias teve mais de 12 mil votos –, Kaká é desconhecido por muitos ainda. Por isso, esta Coluna Aparte lançou para o deputado eleito a seguinte pergunta: afinal de contas, quem é Kaká?
“Kaká é um jovem humilde, sonhador, vindo de uma família humilde, que nasceu e se criou em Tobias, junto com os seus pais na Feira da Coruja, onde ajudava a mãe aqui na barraca, vendendo mercadorias. Trabalhei vários anos com isso” relata Kaká.
Pai do Juka e apenas com o ensino médio completo, o deputado eleito tem em suas veias o comércio. Hoje em dia, é empresário do ramo financeiro, atuando em Sergipe, além dos estados da Bahia e Alagoas.
Kaká continua seu relato empresarial. “Depois da Feira da Coruja, uma tia minha me chamou para abrir uma fábrica. Passei alguns meses nisso, mas a concorrência era grande e lucro pouco. Depois, fui trabalhar numa loja em Tobias. Passei uns três anos. Com o tempo, fomos crescendo, abrindo outros comércios. Cheguei abrir um supermercado e empresas no ramo do empréstimo consignado”, informa Kaká,
E a política, onde ela entrou nisso tudo? “Eu sempre tive aquela vontade de ajudar as pessoas. E é aquela, como pessoa física você não consegue ajudar como uma pessoa pública consegue ocupando um cargo. Muito tempo atrás, tive vontade de ser vereador e fui trabalhando, crescendo”, explica Kaká.
Ele é envolvido com política há tempos, numa época em que apoiava o ex-prefeito Diógenes e sua esposa Diná. Ele, inclusive, foi candidato a vice de Diógenes, na eleição de 2020. Mas a chapa saiu derrotada das urnas, perdendo para Dilson de Agripino.
Com a cassação de Diná, Kaká viu a oportunidade de lançar seu nome como deputado estadual. Ele concorreu a uma vaga na Alese sem o apoio de Dilson e de Diógenes – o ex-prefeito tem compromisso político com os Reis, Fábio e Sérgio. Segundo o deputado eleito, sequer teve apoio de vereadores da cidade. Para não dizer ninguém, dos 15 da Câmara Municipal, apenas dois o apoiaram.
Ao ser indagado pela Coluna quais fatores levaram a sua vitória, Kaká diz: “Gosto muito de fazer amizades. Sou de uma família simples, humilde e é isso que eu levo para a minha vida. Tenho respeito e carinho por todos. Se tem uma coisa que eu já fazia era ajudar ao próximo antes mesmo de ser político”.
“Para você ter ideia, na boca de todos só falam que sou gente boa. Você pode perguntar a qualquer um quem é Kaká e ouvirá isso. Achar isso de um político, hoje em dia, é difícil”, afirma Kaká, que fez questão de sair agradecendo todos que votaram nele um dia após o pleito.
Segundo o deputado, a ficha ainda não caiu. Ainda não acredita que saiu vitorioso do pleito. Só de uma coisa ele tem certeza: “Vou contribuir muito para a Região Sul, Centro-Sul, assim como o Estado todinho”, informa.