A produção de monitores em Taubaté não deve ser afetada pela medida. O anúncio desta segunda também não deve afetar a outra fábrica que a LG mantém no país, que fica em Manaus (AM) e produz aparelhos de ar-condicionado, geladeiras e outros eletrodomésticos da chamada linha branca.
Com o anúncio desta segunda-feira, a LG se torna a primeira grande empresa que produz celulares a se retirar deste mercado.
A sul-coreana afirma que o fim das operações foi definida após sucessivos prejuízos na área. Antes, a companhia havia tentado vender todo o setor, mas, sem sucesso, optou pelo encerramento das atividades.
“Desde o segundo semestre de 2015, o nosso negócio global de celulares tem sofrido uma perda operacional por 23 trimestres consecutivos, resultando em um acumulado de aproximadamente 4,1 bilhões de dólares (US) [em perdas] até o final de 2020”, informou a LG em nota.
Os trabalhadores da divisão de celulares da fábrica de Taubaté aprovaram estado de greve em 26 de março. Na ocasião, eles buscavam negociação com a empresa diante das incertezas.
A TV Vanguarda, afiliada da TV Globo na região do Vale do Paraíba, entrou em contato com a LG para questionar sobre qual deve ser o futuro dos trabalhadores da fábrica, mas não havia obtido resposta até por volta de 8h30.
Em janeiro, outra multinacional que atua no país fez anúncio que deve impactar a economia brasileira e provocar perda de empregos, também com impacto direto em Taubaté.
A montadora Ford anunciou que encerrará a produção de veículos em suas fábricas no Brasil em 2021. Ao todo, 5 mil empregos devem ser afetados em Taubaté, Camaçari (BA) e Horizonte (CE). (Terra Brasil Notícias)