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Bahia

Gilmar Santiago afirma ‘Salvador precisa virar a chave’ e combater a desigualdade

Gilmar Santiago compartilhou suas opiniões sobre os principais desafios enfrentados pela cidade e suas propostas para um futuro melhor

Publicada em 18/07/24 às 06:42h - 76 visualizações

Fonte: trbn.com.br


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 Gilmar Santiago afirma ‘Salvador precisa virar a chave’ e combater a desigualdade
 (Foto: Foto: Divulgação)
Em entrevista exclusiva à Tribuna, o ex-vereador de Salvador e pré-candidato à Câmara Municipal, Gilmar Santiago (PT), compartilhou suas opiniões sobre os principais desafios enfrentados pela cidade e suas propostas para um futuro melhor. Gilmar aborda questões cruciais como o desemprego, a falta de políticas públicas eficazes e a necessidade de uma gestão mais inclusiva e participativa. “Considero que o maior problema de Salvador é o desemprego. Salvador ostenta esse título de campeã nacional do desemprego há décadas, e esse grupo não teve a capacidade de criar um outro ambiente e mecanismos que a gente possa efetivamente virar essa chave”, disse. Ele também fala sobre sua decisão de voltar à política, suas bandeiras de campanha e sua visão sobre a atual administração de Salvador e os governos estadual e federal. “É uma vergonha os ônibus em Salvador, além de terem retirado os ônibus que deveriam fazer a limitação do metrô. Portanto, é uma gestão que faz aquele feijão com arroz do dia a dia, mas que não dá uma virada. Salvador precisa virar a chave. Salvador precisa fazer exatamente um processo de transformação para tirar a cidade da pobreza, da miséria. Salvador está entre as capitais brasileiras mais pobres”, disse.

Tribuna - Qual o principal problema de Salvador hoje?

Gilmar Santiago – Acho que o principal problema de Salvador é a questão do desemprego. Esse não é um problema novo. Se você pegar os oito anos do governo Imbassahy, estou indo para 1996 até 2004, se pegar os oito anos de ACM Neto, e os quatro de Bruno Reis, você tem em torno de 20 anos de hegemonia de um mesmo grupo que tem o mesmo DNA de uma oligarquia política carlista e que governou por muito tempo, então, assim, esse grupo não foi capaz de resolver esse problema, que é um problema crucial, que atinge a juventude, que atinge as mulheres, que atinge muitos trabalhadores, porque, além de Salvador não ter emprego, não existem políticas públicas robustas por parte da Prefeitura para atenuar esse problema, e nós reconhecemos que o desemprego é estrutural do ponto de vista do perfil da cidade de Salvador. Esse grupo não foi capaz de construir políticas públicas. Portanto, eu considero que o maior problema de Salvador é o desemprego. Salvador ostenta esse título de campeã nacional do desemprego há décadas, e esse grupo não teve a capacidade de criar um outro ambiente e mecanismos que a gente possa efetivamente virar essa chave.

Tribuna - O senhor é pré-candidato a vereador de Salvador? Por que decidiu voltar à política?

Gilmar Santiago – Na verdade, eu nunca me afastei da política. Eu faço política desde os meus 17 anos de idade. Eu sou fundador do PT e participei por três mandatos na Câmara de Vereadores. Nos três momentos que eu estive na Câmara eu liderei a oposição durante os governos de Imbassahy, João Henrique e ACM Neto. Meu último mandato terminou em 2016. Em 2020 eu tentei retornar, mas foi na pandemia, não consegui. Fiquei como segundo suplente do PT. E estou retornando com a candidatura para ajudar o partido, ajudar a esquerda a construir uma alternativa a esse grupo político que está aí nos últimos 16 anos e não conseguiu dar conta de resolver problemas crucias, como a questão do desemprego, a questão da educação infantil e da creche para tirar milhares de crianças fora das escolas, a ausência de políticas públicas efetivas na área da saúde, uma atenção básica e não passa de 60%, portanto, dificulta muito a vida das pessoas, e a ausência de tantas outras políticas públicas, de forma que decidi com o apoio de militantes do movimento sindical, do movimento negro, do movimento de mulheres, do movimento da juventude, e de outros segmentos sociais, que me convenceram a retornar para que a gente possa fazer um mandato coletivo, democrático e estimulando a participação das pessoas para contribuir para uma cidade melhor.

Tribuna - Quais serão suas bandeiras, caso seja eleito?

Gilmar Santiago – Eu cheguei na Câmara na primeira vez defendendo o direito à água como direito fundamental, eu sou uma pessoa que vem da área do saneamento, sou funcionário da Embasa há 40 anos, e a nossa luta sempre foi para que a água continue sendo um bem público. Nós sempre lutamos contra a privatização do saneamento. Esse tema, portanto, é um dos temas centrais da minha pré-candidatura. E ao mesmo tempo a gente tem esse debate do meio ambiente, que é algo, digamos assim fundamental na vida das cidades. A gente viu o que aconteceu em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, está acontecendo em vários lugares do mundo, em várias cidades brasileiras, com as mudanças climáticas. E Salvador, em particular, esse grupo que governa há 16 anos transformou a cidade em uma selva de pedra, em uma cidade de concreto, com obras estruturantes, como o BRT, que destruiu árvores centenárias, que tornou a cidade mais quente, e, portanto, essa questão ambiental, junto com o saneamento, e a luta contra as desigualdades sociais e raciais que existem em Salvador, serão as nossas bandeiras centrais de um novo mandato.

Tribuna - Qual sua opinião sobre a gestão de Bruno Reis? Quais os erros e acertos?

Gilmar Santiago – A gestão de Bruno Reis é uma gestão de continuidade do que foi a gestão de ACM Neto. Uma gestão onde não existe participação popular. Infelizmente, as Prefeituras-Bairro atuam muito mais como comitês permanentes eleitorais da Prefeitura, do que como um órgão que aproxima o cidadão das políticas públicas da sua comunidade e do seu bairro. É uma gestão que não prioriza de fato as demandas mais importantes da população, principalmente a ausência de creches em Salvador. Uma cidade em que as mulheres são maioria, em torno de 50% das mulheres são chefes de família na cidade, e não tem uma política pública voltada para esse setor. Sem falar na juventude. Qual a política pública que existe para a juventude na cidade de Salvador? Então, eu considero que é uma gestão de continuidade, que reproduz tudo aquilo que foi feito durante a gestão de ACM Neto, que não mudou a cara da cidade. Salvador, em uma pesquisa recente, é a vigésima em qualidade de vida. Salvador tem o pior transporte público no país. É uma vergonha os ônibus em Salvador, além de terem retirado os ônibus que deveriam fazer a limitação do metrô. Portanto, é uma gestão que faz aquele feijão com arroz do dia a dia, mas que não dá uma virada. Salvador precisa virar a chave. Salvador precisa fazer exatamente um processo de transformação para tirar a cidade da pobreza, da miséria. Salvador está entre as capitais brasileiras mais pobres.

Tribuna - Por que o transporte público de Salvador é sempre um problema? Qual seria a solução definitiva?

Gilmar Santiago – O transporte público sempre foi um problema em Salvador. Se a gente for ver a história da cidade, a gente vai ver por exemplo que, na década de 30, o povo se revoltou e quebrou os bondes. Isso se repetiu em 1982 na luta contra a Carestia, houve quebra-quebra por mais de uma semana em Salvador, e, depois, a Revolta do Buzu. Por quê? Porque a gente tem uma elite atrasada. Ônibus superlotados, sem ar-condicionado, sem nenhum conforto. Muito diferente do metrô. E a gente sabe que foi uma luta durante o governo de ACM Neto para que o metrô passasse para o Estado. Porque ele queria BRT, ele queria pneu. Então a cidade ficou refém desse modelo atrasado, de forma que o transporte público é ruim, porque não existe uma consciência dos gestores de que uma cidade precisa ter vários modais que se integrem, como é no mundo inteiro. É preciso pensar em Salvador a possibilidade de ter um transporte hidroviário também, já que a cidade toda se comunica através do mar, e perde essa oportunidade. Mas ainda bem que agora, com o VLT, a gente vai ter outro transporte de massa que vai, junto com o metrô, continuar fazendo mudanças na configuração urbana da cidade.

Tribuna - Entrando mais na política, o senhor fará campanha para Geraldo Júnior? O senhor vê possibilidade de ele crescer e levar a disputa pro segundo turno?

Gilmar Santiago - Olha, como militante do PT, eu gostaria que o PT tivesse uma candidatura própria do partido, né? Como a gente já teve em momentos memoráveis com Walter Pinheiro, com Nelson Pelegrino... Mas eu vou fazer campanha para Geraldo Júnior por entender que nesse momento a gente precisa reunir todas as forças progressistas pra derrotar o atraso de uma de uma prefeitura, né? Que tem na sua essência na sua essência exatamente aqueles pressupostos que a gente derrotou lá atrás com Jaques Wagner quando o Estado iniciou um ciclo de mudanças e transformações e Salvador precisa experimentar isso. Nesse momento, Geraldo Júnior, principalmente com a presença de Fabya Reis, uma mulher negra, oriunda dos movimentos sociais, uma mulher inteligente que também tem presença. Por onde passou, nas secretarias que passou, inclusive agora no Desenvolvimento Social, ela é, digamos assim, a nossa garantia de que um futuro governo terá os programas que o PT sempre defendeu pra essa cidade, certo? Então, nós vamos na campanha de Geraldo Júnior para derrotar Bruno Reis e construir um novo pacto para essa cidade, que a gente combate à pobreza, a desigualdade, tire Salvador do mapa do desemprego e dê políticas públicas para a juventude, para as mulheres que estão abandonadas nessa cidade.

Tribuna -  E o senhor acredita que a figura de Lula vai ajudar Geraldo Júnior a alavancar a candidatura?

Gilmar Santiago -  Olha, Lula é uma figura muito popular em Salvador. Se você pegar a história das disputas políticas, Lula nunca perdeu uma eleição em Salvador quando ele disputou para a presidente da república. Mesmo quando ele não se elegeu. Portanto, Lula é um grande cabo eleitoral, principalmente nesse momento de reconstrução do Brasil, onde a gente está vendo a inflação controlada, onde a gente está vendo o salário mínimo que tem ganho real - porque todas as categorias profissionais estão tendo e tiveram um reajuste acima da inflação. Então, se num momento de arrumação da economia, de crescimento, inclusive da popularidade de Lula, eu não tenho dúvida na vitória -  embora a eleição seja municipal. Então é necessário que a candidatura de Geraldo e Fabya apresente um programa para a cidade que empolgue, mas sem sombra de dúvida a presença de Lula e de Jerônimo Rodrigues será fundamental para a gente virar essa chave.

Tribuna - E o senhor acredita que a militância do PT vai estar com ele na hora do 'vamos ver' na durante a campanha?

Gilmar Santiago -   Eu estou no PT desde a sua fundação. Sempre tive mandatos de esquerda na cidade, mandato combativo na cidade, né? E a gente é óbvio que esse processo de unidade está sendo construído, né? No último sábado, inclusive, nós estivemos na zona 213, aquela região ali do Rio Vermelho, Pituba, Nordeste, com a presença de Fabya Reis. Portanto a gente está se organizando, se mobilizando para unificar o conjunto da militância do partido para impor uma derrota ao carlismo, para impor uma derrota a quem já teve a oportunidade por 12 anos. Agora a cidade merece ter um novo projeto para Salvador.

Tribuna - E quantos vereadores o PT pretende eleger esse ano em Salvador?

Gilmar Santiago -   Olha, uma coisa é o nosso desejo. Mas de fato a nossa luta vai ser para que a gente possa ampliar a bancada do PT. Nós temos na Câmara quatro vereadores do PT que são todas as candidaturas para a reeleição na busca de renovação de seus mandatos.

Tribuna -   Como é que o senhor avalia a gestão do governo de Jerônimo até agora? Quais os pontos positivos e negativos da gestão?

Gilmar Santiago -   É bom afirmar que estamos a um ano e seis meses de gestão de um governo de continuidade. Mas, ao mesmo tempo, a gente já percebe que o que impôs também a sua marca de gestão, né? Que é uma marca de muita correria como foi durante o governo Rui. E encontrou uma base muito importante, que foi os dois governos Wagner. A prioridade que Jerônimo tem dado é educação, a gente tem visto aí. A ampliação é a prioridade. Ele tem dado também atenção à questão da agricultura familiar, a questão da saúde... Jerônimo está aí apontando para a necessidade de dar continuidade a esse processo de modernização que foram os dois governos anteriores na mobilidade urbana, então tem a perspectiva de a gente já ter daqui a algum tempo já o VLT funcionando, o metrô tem um projeto de ir até o Campo Grande. Portanto, isso é fundamental o fortalecimento de novas centralidades econômicas. E tendo uma prefeitura que tenha sintonia com o Governo Estadual, com o Governo Lula, a gente irá tirar Salvador desse atraso e avançar. Portanto, acredito que Jerônimo está dando sinais de que vai fazer um governo ainda melhor.

Tribuna -Para encerrar, e sobre o governo Lula, o senhor acredita que ele tem conseguido dar as respostas necessárias aos problemas do país, sobretudo para conseguir afastar qualquer ameaça bolsonarista em 2026? Qual é a sua visão sobre isso?

Gilmar Santiago -   Olha, o governo Lula é um governo de reconstrução. Infelizmente, o mundo vive uma ameaça de avanço da extrema-direita, né? Isso aconteceu no Brasil com os quatro anos do governo Bolsonaro, está acontecendo na América, na América do Sul, a gente está vendo a o louco do [Javier] Millei na Argentina. A gente viu aí um susto que foi agora na Europa, na França, né? Mas a esquerda junto com a direita civilizada conseguiu impedir a vitória da extrema-direita e a gente não sabe o que é que vai acontecer na eleição dos Estados Unidos com o Donald Trump. Todas as políticas públicas foram destruídas por Bolsonaro. É nesse contexto que Lula está governando, né? Ou seja, ele está fazendo a política concreta em uma realidade concreta de um Congresso Nacional conservador e ainda assim a gente está vendo avanços. E as pesquisas começam a mostrar o crescimento da popularidade do governo.



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