Em meio a polêmica do "acarajé rosa", a baiana Adriana Ferreira, conhecida como Drica, diz que está sendo alvo de ameaças nas redes sociais desde o lançamento do novo bolinho, que aconteceu na última segunda-feira (17).
Em entrevista ao BNews, a empreendora relatou que chegou a pensar em suspender as vendas do "acarajé rosa" com medo dos ataques que tem recebido.
A vendedora, que encerra as vendas do quitute rosa nesta quinta-feira (20), mesma data em que estreia o novo filme da Barbie, falou ainda que os elogios foram cruciais para que a a ação continuasse.
Drica vende acarajé e abará há 15 anos no subúrbio de Salvador e contou ao BNews que essa é a segunda vez em que uma inovação na sua empresa vira alvo de polêmica. A primeira vez, segundo ela, foi quando trouxe o modelo de barca de sushi para ser servido no acarajé, em 2017.
Após o lançamento do "Acarajé da Barbie", a presidente da Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM), Rita dos Santos, considerou o confecção um desrespeito a tradição das baianas e cultura do povo negro. A baiana disse durante algumas entrevistas a veículos de comunicação que "É uma brincadeira de mau gosto que não deveria ter sido feita".
O antropólogo Vilson Caetano também é contra a invenção e afirmou que não se brinca com simbólos de indentidade. "O acarajé é um dos símbolos indentitários da comunidade mais negra fora do continente africano".
Ao ser questionada sobre o que achou dos posicionamentos contrários as vendas do acarajé na cor rosa, a vendedora disse que foram palavras exageradas, mas se desculpa pelo mal entendido.