Há mais de dois meses, o golpe do pix envolvendo funcionários da RecordTV Itapoan veio à tona. O suposto desvio de cerca de R$ 800 mil para contas de jornalistas da emissora abrangeu doações que deveriam ter como destinos finais famílias carentes em situação de vulnerabilidade social.
Após o começo da apuração interna da RecordTV Itapoan, ficou constatado que um editor do programa e um repórter estão envolvidos no caso. Conectado a isso, a Polícia Civil da Bahia (PC-BA) abriu um inquérito, no dia 13 de março, e iniciou a investigação delicada e cheia de detalhes.
O BNews apurou que um rifeiro, que não teve o nome identificado até o momento, exibiu comprovantes de transferências bancárias com destinos aos jornalistas. Além desse rifeiro, outras 39 pessoas já foram ouvidas, mas, até o momento, 15 são consideradas investigadas e estão ‘no olho do furacão’ da instituição.
Além dele, do ex-repórter da emissora Marcelo Castro e do ex-editor Jamerson Oliveira, uma das supostas vítimas, como um vendedor de milho serão ouvidos pelo delegado Charles Leão, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Estelionato por Meio Eletrônico (DreofCiber), que afirma que continua investigando o caso e tendo "acesso a provas documentais e testemunhais".
Sobre a transferência de R$ 70 mil feita pelo jogador Anderson Talisca a mãe de uma criança em tratamento com câncer, Leão afirmou que já foi compravado que o dinheiro chegou à conta da mulher e não a dos suspeitos, como foi especulado no começo das investigações.
Confira a nota da Polícia Civil:
“O inquérito policial instaurado na Delegacia de Repressão ao
Estelionato e Outras Fraudes (DreofCyber), para apurar uma fraude que
consistia em arrecadar doações para pessoas em estado de vulnerabilidade
social, porém o valor não era repassado para as vítimas, está em
andamento e as investigações, baseadas em provas testemunhais e
documentais, avançaram. Cerca de 40 pessoas já foram ouvidas, entre elas
um rifeiro, que apresentou diversos comprovantes de transferências
bancárias tendo como beneficiados os jornalistas que figuram como
suspeitos do crime de estelionato virtual e que ainda serão ouvidos pelo
delegado Charles Leão. Laudos periciais dos celulares apreendidos e
encaminhados ao DPT são aguardados. Até o momento, 15 pessoas são
investigadas.”
