O movimento de operários, estruturas metálicas, banners, em momento  de armação das estruturas para o Carnaval de Salvador, é realidade nos trechos tradicionais da folia na capital baiana. No entanto, anúncios relacionados com o cancelamento de shows em camarotes e blocos trouxeram o debate sobre os impactos para a festa, que vai receber milhares de foliões após o momento de maior restrição imposto pela pandemia.

Em movimento recente, o Camarote Villa Salvador anunciou que não vai mais funcionar no primeiro dia de Carnaval, na quinta-feira, 16, quando estavam previstos shows de Pedro Sampaio e Xand Avião, que foram cancelados. A informação foi oficializada no último dia 22.

Ainda no âmbito dos artistas que cancelaram as apresentações na folia da capital baiana, o cantor Gusttavo Lima não vai desfilar com o 'Bloco do Embaixador'. De acordo com as informações da assessoria do artista, divulgadas no último dia 17, o abadá foi adiado para 2024. O trio com o sertanejo faria o circuito Barra/Ondina, na segunda-feira, 20 de fevereiro.

Para o presidente do Conselho Municipal do Carnaval de Salvador (Comcar), Joaquim Nery, os cancelamentos ocorrem em momento de retomada do axé music no Carnaval de Salvador, após o período de distância da festa de rua por causa dos cuidados com a pandemia. 

 “A avaliação que a gente está fazendo é que foram pontuais [os cancelamentos]. O primeiro foi o do Gusttavo Lima. Mas trazer um bloco sertanejo em ano de retomada do axé não é tarefa fácil. Seria difícil romper essa barreira. Depois de dois anos, os foliões estão sedentos por ter atrações do axé, Léo Santana, Bell Marques. Isso  também aconteceu com o bloco da banda Cheiro de Amor. O Carnaval privado depende da venda do tíquete e de patrocinador”, disse Nery, em entrevista para o portal A TARDE.

Sobre o Camarote Villa, o presidente do Comcar destacou que o motivo apresentado para o cancelamento no dia de folia foi a falta de tempo para a montagem da estrutura, segundo as informações passadas em nota pelos responsáveis.