A história do povo negro no Brasil e no mundo sempre foi contada a partir de uma narrativa branca e eurocêntrica, que de imediato colocavam nossa população como coadjuvantes, e assim seguiu durante gerações. Para a real mudança desse cenário, é fundamental a reescrita da nossa história de luta e resistência, sobretudo contada através do protagonismo de pessoas negras.
Em Feira de Santana, não foi diferente. Quem confirma o contexto dos personagens históricos marcados na trajetória feirense? Estão imersos em quais pontos de vista? Em 2022, completou 173 anos da execução de Lucas Evangelista, conhecido por Lucas da Feira, que até hoje tem sua imagem e reputação questionada, um grande exemplo das consequências do racismo intrínseco à história que é contada.
Até os dias atuais, a elite feirense resiste e tem medo da história de Feira de Santana que mais assemelha a seu povo, que é de maioria negra e que até hoje sofre com as consequências da escravidão, através do racismo em suas diversas formas de expressão. A verdade é que Lucas da Feira é a representação da resistência contra a escravidão em nosso município, no Brasil e em favor daqueles que não aceitavam mais ser subordinados, aprisionados e que aspiravam liberdade e dignidade.
Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, lembramos que Feira de Santana é terra de quem ousou desafiar o sistema escravagista e viver em liberdade, é terra de Lucas e de todas e todos nós.
Jhonatas Monteiro ✊🏾
Vereador em Feira de Santana
☀️ PSOL
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