O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), defendeu nesta quinta-feira (20) que as vacinas contra a Covid-19 passem a ser também ofertadas pela rede privada. Atualmente, os imunizantes são distribuídos gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Na análise do chefe do Executivo municipal, a medida não era favorável no início da pandemia, porque “ricos teriam prioridade”, mas que agora a estratégia seria viável para desafogar o sistema público de saúde, como ocorre com a vacina contra gripe.
“Não faz mais sentido hoje o governo estar tendo que viabilizar vacina, a Prefeitura tendo que fazer uma megaoperação, com gente que pode pagar vacina e poderia ir em qualquer unidade de saúde privada se vacinar”, disse Bruno.
Durante entrega de uma mini-UPA no bairro do Imbuí, quando defendeu a vacinação na rede privada, o prefeito também criticou a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e saiu em defesa do Ministério da Saúde) sobre a liberação de autotestes.
“A gente lamenta ontem a decisão da Anvisa de não liberar o autoteste. Estamos aqui para elogiar quando está certo e criticar quando está errado. E, nesse caso,o Ministério da Saúde está certo. Tem que ser liberado autoteste. A vacina e os testes têm que ser garantidos para quem não tem condições de pagar. Quem tem condições de pagar, não quer esperar fila, poderia recorrer ao sistema privado, como é a da gripe”, afirmou.
“No início eu dizia ser contra a vacina no privado porque os ricos, lá atrás, teriam prioridade. Mas agora não, agora tem oferta de vacina para todo mundo, só não vai se vacinar quem não quer. Agora aquela pessoa que quer se vacinar com comodismo, marcar horário, ser atendido no ar-condicionado e tem condições de pagar, o que tem ela pagar? Poderia pagar. Iria tirar um custo e uma demanda do poder público. Inclusive, facilitaria para quem não tem condições, que teriam menos filas para se vacinar. Estaríamos mais avançados ainda”, acrescentou.