Pesquisadores da Uesb, em parceria com cientistas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Universidade de São Paulo (USP), descobriram uma nova espécie de anfíbio na Mata Atlântica da Bahia. Popularmente conhecida como perereca, o novo ser descoberto foi nomeado de “Phyllodytes magnus”. Com a descoberta de um novo animal, várias questões surgem. Qual o impacto dessa descoberta para a sociedade? De que forma isso poderá contribuir na relação entre o homem e o meio ambiente? Como acontece a validação de um organismo vivo como nova espécie para a comunidade acadêmica?
Em 2015, Gabriel Novaes, então estudante do curso de Ciências Biológicas, campus de Jequié, e bolsista de Iniciação Científica, descobriu uma nova espécie de anfíbio enquanto realizava um trabalho de campo para o projeto que estava inserido no momento. Na época, orientado pela professora Juliana Zina, do Departamento de Ciências Biológicas da Uesb, iniciou a jornada para catalogar o novo animal.
Segundo Novaes, o aparecimento de uma nova espécie perpassa em diversos aspectos. Primeiro porque, diante da diversidade que existe na biosfera do planeta, descobrir um animal é uma forma de, também, conhecer o meio ambiente, que é um dos objetivos da ciência. Com isso, a descoberta contribui para o equilíbrio do planeta e preservação das espécies, incluindo a dos seres humanos.
Atualmente, Novaes, que se tornou mestre em Zoologia pela Uesc, pontua que são quase 9 milhões de espécies de seres vivos, sem contar os microrganismos (como vírus e bactérias) catalogados, o que significa que restam em torno de quase 80% desse valor de espécies a serem descobertas futuramente. (Marcos Cangusso)