Segundo o promotor de Justiça, Rodrigo Pereira Anjo, o município não tinha vacinado nem metade dos integrantes dos grupos previstos na primeira fase da imunização. Além disso, o prefeito e mais 20 casos suspeitos, sem nenhuma causa ou motivo, foram privilegiados na fila de vacinação, em detrimento de todos aqueles que mais necessitavam.
A coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Município, Jucineide Ferreira Cordeiro, também foi acionada pelo MP-BA. Ela não deve autorizar a aplicação da segunda dose, caso ainda não tenha ocorrido, em nenhuma das pessoas que foram vacinadas irregularmente.
Na ação, o órgão público requer que a coordenadora não permita ou convoque para a vacinação qualquer pessoa sem antes discriminar exatamente qual o cargo ocupado, mediante o recebimento e arquivamento da documentação pessoal, assim como da prova documental do nível de risco exigido para o cargo, ou a comprovação do seu pertencimento aos outros grupos prioritários da primeira fase.
O órgão público requer ainda que a Justiça determine que o prefeito municipal não receba a segunda dose da vacina até que chegue o momento de vacinação do grupo no qual se enquadra, assim como ele não aprove a aplicação em qualquer outra pessoa que não se enquadre nos critérios do grupo um, em especial parentes, amigos próximos ou servidores municipais.
No dia 9 de março, o MP-BA já havia aberto uma investigação contra o prefeito de Wenceslau Guimarães após ele divulgar imagens nas redes sociais tomando a vacina da Covid-19. (Itinga TV)