O Superintendente da Rádio Sociedade News e frei da paróquia dos Capuchinhos, em Feira de Santana, Jorge Rocha, está entre os voluntários que participaram dos estudos clínicos para produção da vacina da empresa Pfizer em parceria com a BioNtech, e por esse motivo também teve o direito de receber a primeira dose do imunizante, que já finalizou a sua fase de testes no Brasil.
A empresa anunciou no dia 20 de janeiro que iria imunizar 1,4 mil voluntários que tomaram placebo durante a fase experimental da vacina. Eles terão direito a receber as duas doses do imunizante. Na Bahia, 1.549 voluntários participaram do estudo. No total foram mais de 40 mil voluntários testados com a vacina da Pfizer, nos Estados Unidos, Argentina, Alemanha, Turquia e África do Sul, além do Brasil.
De acordo com o Frei, a primeira dose ocorreu no 22 de janeiro e a segunda dose está marcada para o dia 10 de fevereiro. Ele conta que foi convidado a participar dos testes por meio de um telefone feito pela equipe de pesquisadores que conduzia os estudos no Hospital Santo Antônio, das Obras Sociais Irmã Dulce, em Salvador.
“Fui convidado a fazer parte dessa pesquisa. A Pfizer foi a primeira empresa no mundo a ter a vacina reconhecida e a participação nisso nos coloca num processo de engajamento social muito sério, de cumplicidade social. Este engajamento nos leva também a uma consciência social que aquilo que estou fazendo não é pra mim ou para o meu privilégio, mas é um modo de contribuir com o estudo e com a ciência. Embora o Brasil não tenha formulado ainda a compra dessa vacina de uma certa maneira estamos contribuindo com esses estudos com o mundo inteiro. É um grande compromisso e eu aceitei de pronto”, afirmou.
Segundo ele, após a aplicação da primeira dose não houve nenhuma reação fora da normalidade.
“A reação foi aquela natural de qualquer vacina. O braço ficou um pouco dolorido, mas nada de anormal, nenhuma febre ou anormalidade, nenhuma arritmia.”
Mesmo tendo recebido a dose da vacina da Pfizer, o frei declarou que continua adotando todos os protocolos de segurança contra a Covid-19.
“Mesmo com a vacina, continuo com distanciamento, álcool em gel e máscara. Não é porque recebi a vacina que vou negligenciar, também pela questão do exemplo. E a orientação que recebemos é que continuássemos com os mesmos aspectos. A posição da Igreja é que a vacina é uma atitude ética, evangélica. Estou cuidando não apenas de mim, mas quando estou me imunizando estou cuidando de todos. A vacina é um gesto de amor para a humanidade”, finalizou. (Acorda Cidade)